
Lições Bíblicas Adultos, 1º Trimestre 2026 CPAD
REVISTA: A SANTÍSSIMA TRINDADE - O Deus Único
Revelado em Três Pessoas Eternas
Comentarista: Douglas Baptista
TEXTO
ÁUREO
“Nisto se manifestou o amor de Deus
para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele
vivamos.”
(1 Jo 4.9)
VERDADE
PRÁTICA
O envio do Filho revela o amor do Pai e
a perfeita unidade da Trindade no plano da salvação, garantindo a redenção e a
adoção dos crentes.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Jo 3.16 - O amor de Deus
revelado no envio do Filho
Terça - Jo 6.38 - O Filho veio ao mundo
para cumprir a vontade do Pai
Quarta - 1 Jo 4.10 - Deus nos amou
primeiro, enviando seu Filho
Quinta - Jo 14.6 - Cristo como único
caminho ao Pai
Sexta - Ef 1.3-6 - O plano eterno de
adoção como filhos em Cristo
Sábado - Jo 16.13,14 - O Espírito
glorifica a Cristo e guia em toda a verdade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 3.16,17; 1 João 4.9,10; Gálatas 4.4-6
João 3
16 - Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.
17 - Porque Deus enviou o seu Filho ao
mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por
ele.
1 João 4
9 - Nisto se manifestou o amor de Deus
para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele
vivamos.
10 - Nisto está o amor: não em que nós
tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para
propiciação pelos nossos pecados.
Gálatas 4
4 - mas, vindo a plenitude dos tempos,
Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
5 - para remir os que estavam debaixo da
lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.
6 - E, porque sois filhos, Deus enviou
aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.
HINOS SUGERIDOS: 227, 437, 526 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
No plano eterno da Redenção, o Pai é quem envia o Filho para salvar
o mundo. Esta verdade manifesta o amor divino e reafirma a perfeita unidade da
Santíssima Trindade na missão da salvação. Ao longo desta lição, vamos estudar
como o envio do Filho Unigênito revela: a suprema expressão do amor de Deus, o
cumprimento da plenitude dos tempos e a atuação harmoniosa do Pai, do Filho e
do Espírito Santo no plano redentor.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Compreender que o envio do Filho é a
maior prova do amor de Deus Pai; II) Reconhecer que a vinda de Cristo ocorreu
na plenitude dos tempos, segundo o plano eterno de Deus; III) Identificar a
atuação da Trindade na execução e aplicação da salvação.
B) Motivação: O envio do Filho não foi um ato isolado, mas parte de
um plano eterno que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ao entender essa
verdade, o crente é levado a confiar no amor soberano de Deus e a valorizar a
graça recebida em Cristo.
C) Sugestão de Método: Inicie a aula perguntando aos alunos:
"Qual foi o maior presente que você já recebeu?" Após ouvir algumas
respostas, leia João 3.16,17 e 1 João 4.9,10, destacando que o maior presente
dado à humanidade foi o envio do Filho de Deus para nossa salvação. Reserve os
últimos 10 minutos da aula para desenvolver a seguinte atividade: divida a
classe em três grupos, dando a cada grupo um dos tópicos da lição para leitura
e resumo. Depois, cada grupo apresenta seu resumo à classe, destacando a
participação do Pai, do Filho e do Espírito Santo no Plano da Salvação. Se
desejar, pode fazer essa atividade no início da aula.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O envio do Filho pelo Pai revela o amor eterno e
soberano de Deus e nos convida a viver em gratidão e obediência. Ao compreender
que a salvação foi planejada, executada e aplicada pelo Deus Triúno, somos
chamados a adorá-lo e a anunciar essa mensagem ao mundo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 104, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios
que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O Amor Salvífico
do Pai", localizado depois do primeiro tópico, aponta para a interpretação
bíblica a respeito do amor incondicional do Pai; 2) O texto "A Plenitude
dos Tempos", ao final do segundo tópico, aprofunda a respeito o envio do
Filho no contexto pleno dos tempos.
INTRODUÇÃO
No plano eterno da redenção, o Pai é
quem envia o Filho para salvar o mundo. Esta verdade, revelada nas Escrituras,
manifesta o amor do Pai e reafirma a unidade e a missão da Santíssima Trindade.
Nesta lição, veremos como o envio do Filho Unigênito de Deus — a Segunda Pessoa
da Trindade, revela em profundidade: a suprema expressão do amor de Deus, a
plenitude do tempo para a redenção e a obra perfeita da Trindade na salvação.
PALAVRA-CHAVE: Envio
I – O ENVIO DO FILHO E O
AMOR DO PAI
1. O amor incondicional do Pai.
O envio de Jesus Cristo — o Filho
Unigênito do Pai, é a maior demonstração do amor de Deus ao mundo (Jo 3.16). O
verbo grego para este amor é “agapáō” e o substantivo é “agápē”. Expressam a
natureza essencial de Deus (1 Jo 4.8) e a busca pelo bem-estar de todos (Rm
15.2). Conforme usado, acerca de Deus, manifesta interesse profundo e constante
de um Ser perfeito para seres completamente indignos (Vine, 2002, p. 395).
Ensina que o amor de Deus não foi motivado por mérito humano. Ele amou “o
mundo” rebelde e perdido — e enviou seu Filho “não para que condenasse o mundo,
mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.17). Este amor alcança toda a
humanidade, é incondicional, plenamente gracioso, sacrificial e absoluto! (Ef
2.4,5).
2. A iniciativa soberana de Deus.
Desde a eternidade, antes da Queda no
Éden, Deus traçou um plano de redenção em Cristo (Ef 1.4,5). Até mesmo anterior
a fundação do mundo, o Filho já estava destinado para nossa salvação (1 Pe
1.18-20). Deus, em sua soberania e seu imensurável amor, tomou a iniciativa de
enviar o Salvador, cumprindo seu eterno propósito de redenção (Ef 1.9). A
Escritura ratifica que o amor divino antecede qualquer atitude humana: “não em
que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para
propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4.10). Portanto, a iniciativa da
salvação não parte do ser humano, mas de Deus. Em sua soberania, misericórdia e
compaixão, Deus decidiu agir em favor da humanidade caída (Rm 3.24-26; 5.8).
3. O envio do Filho e a Trindade.
Embora a missão do Filho seja descrita
por meio do verbo “enviar” (Jo 3.17,18,34), a ideia aqui é de um presente
gracioso de Deus (1 Jo 4.10). Em seu amor soberano, o Pai ofereceu sua dádiva
mais preciosa — o seu Filho Unigênito: “para que por Ele vivamos” (1 Jo 4.9).
Essa doação, não implica hierarquia na Trindade. O Pai, o Filho e o Espírito
Santo possuem a mesma natureza divina (Jo 1.1; 10.30; 14.26). A distinção
observada é funcional, relacionada ao plano da salvação: o Filho é enviado para
realizar a redenção (Jo 6.38-40). Essa dinâmica revela harmonia e unidade da
Trindade: uma única vontade e um único propósito. O envio do Filho é, portanto,
uma expressão do amor do Deus Triúno, que resplandece em toda a história da
salvação (Ef 1.3-14).
SINÓPSE
I
O
envio do Filho é a expressão suprema do amor do Pai, fruto de sua iniciativa
soberana e graciosa.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O AMOR SALVÍFICO DO PAI
“A ação redentora cheia de
amor de Deus é apresentada nesta seção em forte contraste em relação ao destino
desesperado da humanidade pecadora sob a ira do mesmo Deus em 2.1-3. Em termos
empolgantes e impetuosos, Paulo faz o contraste da situação em que os leitores
estavam “antes” (2.3), sem Cristo; aquilo em que estão agora, em Cristo; aquele
que ‘todos nós’ (2.3a) somos por natureza (2.3d) e aquilo que somos ‘pela
graça’ (2.5,8); a razão da ira de Deus (2.3) e a iniciativa do amor de Deus
(2.4); a realidade espiritual de que ‘estávamos mortos’ (2.1), mas que Deus
‘nos vivificou juntamente com Cristo’ (2.5)” (ARRINGTON, Franch L.;
STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento: Romanos — Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro:
Editora CPAD, 2017, p.410).
II – O FILHO E A PLENITUDE DOS TEMPOS
1. A preparação histórica e
religiosa.
O envio de Cristo não foi um plano
improvisado, mas um desígnio eterno, cumprido “na plenitude dos tempos” (Gl
4.4). Indica que a vinda do Messias se deu no tempo determinado pelo Deus Pai
(Rm 5.6). A Trindade, em perfeita sabedoria e unidade, determinou o momento
exato para a execução do plano redentor (Ef 1.10,11). Historicamente, o domínio
romano construiu estradas e rotas comerciais que contribuíram para a
disseminação do Evangelho. A cultura grega unificou o mundo por meio do grego
koiné, tornando possível a escrita do Novo Testamento em uma língua conhecida e
popular. No judaísmo, apesar da rejeição dos líderes entre o povo, a
expectativa messiânica estava elevada (Lc 2.25-38). Isso sinaliza que Deus
preparou o cenário para a chegada do Salvador (At 17.26).
2. O Filho nascido sob a Lei.
A Escritura afirma que o Filho veio
“nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4b). A expressão “nascido de
mulher”, reafirma que Cristo assumiu nossa natureza humana (Hb 2.14; Fp 2.7,8).
Ele encarnou e experimentou as fraquezas humanas, exceto o pecado (Hb 4.15).
Cumpriu-se assim a profecia: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho”
(Is 7.14; Mt 1.23), mostrando que sua vinda foi obra soberana de Deus. A
declaração “nascido sob a lei” significa que Jesus cumpriu todas as exigências
da lei mosaica (Mt 5.17). Ele foi o único homem a cumprir plenamente a lei de
Deus, sem a transgredir em momento algum (1 Pe 2.22). Sua vida de obediência
foi necessária para que pudesse oferecer um sacrifício perfeito em favor dos
pecadores (Hb 7.26,27).
3. A adoção de filhos.
A obra do Filho não apenas trouxe
perdão, mas também nos concedeu a posição de filhos adotivos (Gl 4.5). Cristo é
o único Filho de Deus por natureza (Jo 1.18); e os crentes tornam-se filhos por
adoção (Jo 1.12,13). A prática da adoção não fazia parte do sistema legal
judaico, mas era comum e bem conhecida entre os gentios. Paulo enfatiza que foi
do agrado de Deus inserir no plano da salvação, que os salvos fossem adotados
como filhos (Ef 1.5). O “espírito de adoção” habilita os salvos a clamarem
“Aba, Pai” (Gl 4.6). Esse termo aramaico (“Aba”, “papai”) empregado na
interação entre o Filho e o Pai, indica respeito e confiança (Mc 14.36). Essa
adoção e intimidade é aplicada pelo Espírito Santo (Rm 8.15,16), demonstrando
novamente a atuação inseparável da Trindade na salvação.
SINÓPSE
II
Na
plenitude dos tempos, Cristo veio ao mundo, cumprindo as profecias e
proporcionando redenção e adoção como filhos de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
A PLENITUDE DOS TEMPOS
“O período de utilidade
limitada da lei é relatado em 4.4. A frase ‘quando veio a plenitude dos tempos’
marca o fim do período de tutela como relatado em 3.24,25; 4.1, 2. O plano
pré-ordenado de Deus era que a lei ditasse o fundamento da moralidade até a
vinda de Cristo. Jesus é o ponto focal da história mundial; Ele é o
sustentáculo do qual depende a virada dos tempos. [...] Semelhantemente
‘enviou’ não comunica principalmente distância ou espaço; antes, fala de
comissionar um enviado autorizado. Portanto, quando a fase mundial estava
exatamente correta, o Pai comissionou seu Filho para trazer a salvação”
(ARRINGTON, Franch L.; STRONSTAD, Roger.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Romanos — Apocalipse. Vol. 2.
Rio de Janeiro: Editora CPAD, 2017, p.361).
III – A TRINDADE
NO PLANO DA SALVAÇÃO
1. A vontade do Pai realizada pelo Filho.
O
Filho veio ao mundo para cumprir a vontade do Pai: “eu desci do céu não para
fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6.38). Essa
vontade, segundo Cristo, é que nenhum daqueles que o Pai lhe deu se perca, mas
tenham a vida eterna (Jo 6.39,40). A obediência de Jesus é perfeita, revelando
plena submissão ao Pai. Ele mesmo testifica: “porque eu faço sempre o que lhe
agrada” (Jo 8.29). Essa obediência alcançou o clímax na entrega voluntária de
sua vida por amor: “sendo obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8). Por
meio de sua vida sem pecado e morte sacrificial, a justiça de Deus foi
plenamente satisfeita (Rm 3.24-26). Em Cristo, vemos a expressão sublime da
obediência, do amor e da unidade perfeita na Trindade.
2. A mediação exclusiva do Filho.
O
Filho é o único caminho de acesso ao Pai: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Esse acesso é exclusivo
porque Ele é a revelação plena do Pai (Jo 1.18), e o único que pode satisfazer
a justiça divina mediante o seu sacrifício no Calvário (Hb 9.15). A
exclusividade da mediação de Cristo está enraizada na estrutura trinitária. O
Pai enviou o Filho (Jo 3.16), e o Espírito Santo testifica do Filho (Jo 15.26).
Assim, o caminho para o Pai passa necessariamente pela aceitação do Filho,
conforme ensina as Escrituras: “Porque há um só Deus e um só mediador entre
Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5). Desse modo, a salvação
ocorre unicamente por meio da fé em Cristo (At 4.12).
3. A aplicação da salvação pelo Espírito.
O
Espírito Santo, chamado de Consolador e Espírito da verdade, foi enviado pelo
Pai e pelo Filho. Jesus disse que o Espírito viria para convencer o mundo “do
pecado, e da justiça, e do juízo” (Jo 16.8-11). É o Espírito que ilumina a
mente para o conhecimento de Deus (2 Co 4.6), ensina a verdade (Jo 14.26),
regenera os pecadores (Tt 3.5), sela os que creem (Ef 1.13), opera a
santificação progressiva (2 Ts 2.13), e assegura a perseverança dos crentes (Fp
1.6). Além disso, o Espírito glorifica o Filho, pois foi enviado para
testificar de Cristo (Jo 15.26), revelando sua pessoa e obra ao coração humano.
O Espírito nunca age independentemente do Filho ou do Pai. Sua missão é,
intrinsecamente, a de exaltar a glória do Deus Triúno (Jo 16.13,14).
SINÓPSE
III
O
plano de salvação é obra da Trindade: o Pai envia, o Filho executa e o Espírito
aplica.
CONCLUSÃO
O envio do Filho pelo Pai revela o amor
eterno e soberano de Deus e destaca a perfeita unidade da Trindade na obra da
salvação. Deus não apenas amou o mundo, mas agiu em favor dele, enviando seu
Filho no tempo certo, para redimir os pecadores. O Filho, em obediência plena,
realizou a redenção; e o Espírito Santo, em sua atuação eficaz, aplica a
salvação ao coração dos crentes. Conhecer essa verdade fortalece nossa fé e nos
convida a adorar com gratidão o Deus Triúno que nos salvou.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que significa afirmar que a
iniciativa da salvação é um ato da soberania de deus?
Significa que a salvação começa com a
iniciativa amorosa e soberana de Deus, e não do ser humano.
2. Do ponto de vista histórico, que
fatos corroboram que era chegado o momento exato para a execução do plano
redentor de Deus para a humanidade?
A dominação romana, a língua grega comum
e a expectativa messiânica entre os judeus criaram o cenário ideal para a vinda
de Cristo.
3. O que significa a declaração
“nascido sob a lei”?
Que Jesus veio como homem, cumprindo
plenamente a lei de Deus, sem transgredi-la.
4. Qual vontade do Pai é realizada
pelo Filho?
Que todos aqueles que o Pai deu ao Filho
recebam a vida eterna e não se percam.
5. Por que a mediação entre o ser
humano e Deus é um ato de exclusividade do Filho?
Porque somente Cristo revela plenamente
o Pai e oferece o sacrifício perfeito que satisfaz a justiça divina.
