Tem
sido considerável o número de livros escritos nestes últimos anos por autores
antipentecostais, com o propósito de denegrir a nossa fé. Pelo que me consta,
nunca um escritor de confissão pentecostal, no Brasil, assumiu a
responsabilidade de escrever uma refutação a esses livros.
Em geral, os nossos
líderes têm deixado que o próprio progresso do Movimento Pentecostal e a fé
dinâmica das igrejas que o compõem silenciem a pena dos seus oponentes
gratuitos; mas isso tem sido inútil, pois os tais não se convencem nem diante
de fatos. Para eles, mais importa uma boa pitada de confusão teológica, do que
as provas documentadas por vidas transformadas; esquecendo-se eles que teologia
sem uma genuína experiência de vida é semelhante à fé sem as obras - é morta.
Evidentemente,
não possuo procuração dos líderes da minha igreja, a Assembleia de Deus - pioneira
e guardiã da legítima doutrina pentecostal no Brasil - para escrever este
trabalho.
Na
verdade, nem creio ser necessário tê-la, haja vista que, na qualidade de
obreiro engajado na pregação do Evangelho e na defesa da verdade, tenho tão
grande responsabilidade na defesa da verdade, como a têm os mais destacados
líderes da Assembleia.
1. COM A
PALAVRA, A ACUSAÇÃO
Um
dos livros mais pretensiosos e, de propósito, eminentemente antipentecostal,
foi publicado em 1972, pela Junta de Educação Religiosa e Publicações da
Convenção Batista Brasileira (JUERP). Esse livro tem por título:
"Movimento Moderno de Línguas", de autoria do batista americano,
Robert G. Gromacki.
Numa
análise feita por Gromacki quanto à origem do Movimento Pentecostal, após
analisar-se o movimento é de origem divina, satânica, psicológica ou
artificial, ele conclui que tem de ser considerado "não somente como uma
simulada contrafação, porém como sendo realmente de origem satânica".
Outro
livro, "A Doutrina do Espírito Santo", trabalho encomendado pela
Convenção Batista Brasileira, combate as células "renovacionistas"
surgidas no seio dessa Convenção, trazendo, inclusive, palavras pouco elogiosas
ao Movimento Pentecostal, sempre tido pelos autores (treze líderes batistas
brasileiros), como "confusão", "gritaria",
"descontrole físico", "emocionalismo demasiado" etc.
H.E.Alexander,
um dos autores antipentecostais mais lidos no Brasil, em seu livro
"Pentecostismo ou Cristianismo?" mostra o Movimento Pentecostal como
uma ameaça à integridade do verdadeiro Cristianismo.
Escreve:
"Temos,
portanto, de evitar todo equívoco e afirmar com precisão que, se existe um
'Movimento de Pentecoste' há também um considerável número de crentes que
diligenciam não ser deste 'movimento', mas que, no entanto, possuem um forte
espírito 'pentecostista'. Por este fato, é que nós julgamos necessário falar de
'pentecostalismo', pois que pretendemos em absoluto não fazer parte deste
'movimento', pois pode-se ter certas concepções mentais e certas interpretações
errôneas que, como é óbvio, engendram um espírito que não é outra coisa senão
um espírito estranho, semelhante ao do Pentecostismo".
Mais
à frente escreve Alexander:
"Perante
os erros e estragos do Pentecostismo, há somente uma atitude digna do cristão.
Se ele caiu neste erro, que confesse a Deus e se separe absolutamente daquilo
que a Bíblia condena. Quanto ao crente que teve algum contacto com estes
desvarios, mas que começa a discerni-los, que se afaste deles e saiba que Deus
o destina a outra coisa: ao serviço frutuoso... Porém, que se mantenha bem
perto de seu Salvador, pela razão seguinte: um espírito estranho não deixa
nunca sua vítima escapar com facilidade.
Quando
numa alma começam a surgir dúvidas a respeito do Movimento Pentecostal e seu
espírito começa a discernir a verdade quanto as contrafações, aos exageros e
erros doutrinários que caracterizam o Pentecostismo, se ela abrir-se com algum
adepto deste movimento, haverá então reação imediata: 'Não nos compreende mais,
suas dúvidas são causadas pelo pecado'. Ou então, o que é pior ainda: 'Verá o
que vai suceder-lhe se nos deixar, o julgamento de Deus o atingirá'. E chamam a
isto de 'Despertamento' e 'Pentecoste!' Ou, em vez de ameaças, apelarão para o
sentimentalismo, como pretexto de amor, lágrimas -procedimento que não é são
nem santo, e do qual é, às vezes, difícil livrar-se. Porém, com o socorro de
Deus, andando na obediência de Cristo e sua Palavra, aquele que tiver sido
dominado pelos pentecostais será libertado."
Para
H.E. Alexander, o Movimento Pentecostal ou "Pentecostismo", como ele
prefere chamar, nada mais é do que um dos ramos do Espiritismo, Feiticismo,
Macumba, ou coisa semelhante; movimento de cuja influência aqueles que a ele se
apegam devem ser exorcisado pelo ensino antipentecostal.
Francisco
Huling, autor do opúsculo: "É Bíblico o Pentecostismo?", escreveu:
"Deus
libertou o autor deste folheto do erro pentecostal alguns anos atrás. Um
domingo de manhã, numa reunião pentecostal, um membro levantou-se e começou a
ler o capítulo 14 de 1 Coríntios, e eu escutei-o atentamente. De repente uma
mulher levantou-se e começou a levantar os braços e a 'falar em línguas' e
depois mais uma, e mais outra, até que nove ao todo estavam num estado de
êxtase descontrolada. Mas mesmo entre o barulho e o pandemônio que faziam, eu
consegui ouvir as palavras: 'Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em
todas as igrejas dos santos... Mas faça-se tudo descentemente e com ordem', 1
Co 14.33,40. O contraste completo entre o que eu via e o que as Escrituras
diziam ajudaram-me a pensar, e eu comecei a ver que o Pentecostalismo não é de
Deus, mas sim do Diabo".
No
seu livro, "Os Carismáticos", John F. MacArthur, denuncia e condena o
Movimento Carismático, por, segundo ele, fazer da experiência algo superior às
Escrituras.
Poderia
continuar citando textos de muitos outros livros de autores antipentecostais,
que tenho na minha biblioteca, porém, deixo de fazê-lo por duas razões:
primeiro, por absoluta falta de espaço, e em segundo lugar, porque contêm
praticamente as mesmas blasfêmias e desprezo pelo Movimento Pentecostal.
2. COM A
PALAVRA, A DEFESA
Como
um processo não se compõe só de acusação, mas também de provas e defesa, seria imprudente
o juiz condenar ou absolver o réu sem antes ouvir a sua defesa. Partindo deste
princípio, ao Movimento Pentecostal assiste o direito de que alguém levante a
sua voz em defesa desse movimento. Isto é o que têm feito muitos ilustres
cristãos e não poucos estudiosos durante estes últimos anos, entre os quais vou
citar alguns apenas.
Para
a revista "Life", conceituado periódico da imprensa secular
americana, a respeito do Movimento Pentecostal, o Dr. Van Dusen, disse:
"Há
várias fontes de poder que têm feito desta terceira força (o Movimento
Pentecostal), o mais extraordinário fenômeno religioso de nosso tempo. Seus
grupos pregam uma mensagem bíblica direta, facilmente compreensível. Comumente
prometem uma experiência imediata, transformadora da vida pelo Deus vivo em
Cristo, que é muito mais significativa para muitos indivíduos do que a versão
dela que se encontra nas igrejas convencionais.
"Eles
abordam diretamente as pessoas - em seus lares, nas ruas, ou em qualquer lugar
-, não esperam que venham primeiro à igreja. São dotados de grande ardor
espiritual, o que algumas vezes, mas nem sempre, é excessivamente emocional.
Pastoreiam seus convertidos em um grupo comunitário íntimo, apoiador - uma das
características de cada renovação espiritual vital, desde que o Espírito Santo
desceu sobre os discípulos no primeiro Pentecoste. Dão forte ênfase ao Espírito
Santo tão negligenciado por tantos crentes tradicionais como sendo a presença
imediata e poderosa de Deus, tanto na alma humana individualmente, como na
comunidade cristã. Acima de tudo, esperam que os seus seguidores pratiquem um cristianismo
ativo, incansável, sete dias por semana.
"Até
recentemente, os demais protestantes consideravam esse movimento como um
fenômeno temporário e passageiro, que não merecia grande atenção. Mas agora há
um reconhecimento sério e crescente de suas verdadeiras dimensões e de sua
provável dinâmica. A tendência de rejeitar a sua mensagem cristã como
inadequada está sendo substituída pela mais humilde disposição de investigar os
segredos de seu imenso alcance...
"Tenho
chegado a sentir que o Movimento Pentecostal, com sua ênfase sobre o Espírito
Santo, é mais do que apenas mais um reavivamento. É uma revolução que em
importância se compara ao estabelecimento da primeira igreja apostólica, e com
a Reforma Protestante."
A
revista "Novas de Alegria", órgão da Assembleia de Deus de Portugal,
traz o testemunho dum respeitado professor de Teologia no Instituto Superior de
Ciências Humanas e Teológicas do Porto, Portugal, do qual se destaca o seguinte
parágrafo:
"O
que descobri no Movimento Pentecostal é muito diferente daquilo que procurei!
Aconteceu comigo o que aconteceu com os Magos que procuravam um Príncipe num
palácio luxuoso e encontraram um menino desfavorecido num curral de animais; o
mesmo que aconteceu à Samaritana que procurava um Messias sabedor, um Cristo
"superstar" e encontrou um judeu fatigado; o mesmo que aconteceu a
Maria Madalena no Domingo de Páscoa: procurava um morto e encontrou um Ressuscitado.
Pois eu fui 'observar' a reunião de oração dos pentecostais e senti-me
observado pelo Espírito adquirindo a consciência das minhas resistências à ação
do Espírito Santo em mim.
Descobri a minha 'resistência intelectual', pois
senti que 'relativizava' a ação do Espírito nas pessoas, testemunhada pelos
textos bíblicos, reduzindo-a aos limites do esquema teológico pré-fabricado,
aprendido nos livros. Senti que era presunção a mais pretender manipular a
liberdade soberana do Espírito! Descobri que só não 'aspirava aos dons
espirituais', mas até os recusava! Fui observar a oração dos pentecostais e
fiquei surpreendido com a intensidade da oração feita por um grupo de jovens
durante duas horas! Fui para lá como mero espectador e encontrei-me envolvido
por um cristianismo dinâmico, contagiante e alegre, pressentindo então o que
significava o Batismo no Espírito Santo praticado dentro do MovimentoPentecostal".
A
respeito do Movimento Pentecostal, Russel Spittler, escreveu:
"Alguns
julgam que se trata duma nova Reforma esforçando-se por encontrar o seu Lutero
à porta duma catedral desconhecida. Outros interpretam o fato como uma crise de
crescimento, com os elementos da velha humanidade a quebrar-se para se juntarem
de novo com mais espiritualidade. Há quem o considere como um fenômeno
prosaico, o movimento inevitável do pêndulo, o regresso a algumas verdades
esquecidas, ou a superstições perigosas.
"De
qualquer modo, está a operar-se uma mudança nos ideais do mundo. A sabedoria
reinante, que influenciou e formou as últimas décadas, encontra-se na ofensiva.
Ela tem sido chamada de liberalismo, racionalismo, espírito científico - conceitos
que, não sendo idênticos, estão correlacionados. Mas atualmente a confiança do
homem, no seu poder para controlar o mundo, está em nível incipiente. A
Tecnologia é considerada um aliado perigoso e o progresso é suspeito...
"O
declínio da Ciência e o despertar da Religião são oportunidades sem precedentes
que se abrem ao Movimento Pentecostal. Ao nível das massas populares há um
mundo cheio de ciência, razão, materialismo e liberalismo. As pessoas têm sede
das coisas espirituais. Deixai os batizados no Espírito Santo cingirem os seus
lombos para um combate renovado e intrépido. Aos que a procuram sem saber,
proclamai-lhes, proclamai-lhes essa maravilhosa experiência!"
Àqueles
que acusam os pentecostais, principalmente a Assembleia de Deus, de fazer
proselitismo, de emocionalismo excessivo, de atingirem apenas as classes
inferiores, e de interpretarem a Bíblia literalmente, responde o escritor
presbiteriano William R. Read:
a) - "Alguns crentes, que agora pertencem
à Assembleia de Deus, pertenceram anteriormente a outras igrejas evangélicas,
mas para cada um destes, há pelo menos vinte, que não tiveram qualquer espécie
de contato com outros evangélicos, antes de sua conversão...
b) -
"Há casos em que o emocionalismo tem sido usado em excesso, mas comumente
é canaliza¬ do... para fins construtivos. Poder-se-ia argumentar que a
existência de vida transformada, e crescimento vigoroso, embora com alguns
excessos, é melhor do que as igrejas estagnadas, e cristãs apenas de nome, no
seu formalismo correto e frio...
c) - "Ser criticada como igreja das
classes inferiores, é para a Assembleia, mais um elogio do que uma crítica. É
nessa parte da estrutura social que está a maioria da população. Maioria que se
constitui num tremendo campo de trabalho. É nela que os pentecostais estão-se
multiplicando. Têm por isso mesmo, posição bastante favorável, no presente.
d) -
"É verdade que a Bíblia é a autoridade máxima para esse exército de
pregadores, que está constantemente pregando, onde quer que consigam reunir um
grupo que os ouça. Os líderes são cuidadosos no estudo das Escrituras. É
espantoso verificar como esses homens, antes analfabetos, podem ler a Bíblia,
interpretá-la, pregar e ensinar. As bíblias ficam gastas pelo abrir e fechar e
pelo constante manuseio.
Esta fé simples na Bíblia, dá-lhes a convicção e,
quando pregam ou ensinam, fazem-no com a autoridade da Bíblia. Os ouvintes
percebem que os pentecostais estão pregando com uma convicção profunda, bíblica
e pessoal. Um simples 'Assim diz o Senhor', constitui prova suficiente para
muitos, pois os problemas intelectuais estão ausente em seu caminho da fé em
Jesus Cristo. Essa abordagem, que se centraliza na Bíblia, pode ser criticada,
mas não deixa de ser um dos pontos fortes do movimento pentecostal. Têm eles
sido fiéis à luz que receberam das Escrituras. A bênção de Deus, o Deus da
Bíblia, é evidente em seu ministério.
Quanto
à acusação de John F. MacArthur, feita contra os pentecostais, que, segundo
ele, dão primazia à experiência, em atitude de desprezo à verdade já revelada
na Bíblia, faça-se a seguinte consideração:
O
fato de que haja crentes que têm feito da experiência uma nova fonte de
revelação para a vida, em substituição à orientação que já foi dada pela
Bíblia, isto é exceção e não regra, que pode ser verificada não só nos círculos
pentecostais, mas até mesmo nos arraiais neopentecostais. Mas a preocupação de
MacArthur vai além disto: ele insinua que a experiência cristã é algo de pouca
ou de nenhuma importância.
A
experiência tende a ser má quando aquele que a possui não se apoia nas
Escrituras nem mostra uma vida de comunhão com Deus. Porém, conforme escreveu o
apóstolo Paulo, a verdadeira experiência é a soma - tribulação + experiência,
donde advêm a esperança, "e a esperança não traz confusão", Rm 5.3-5.
O
cego de nascença que foi curado por Jesus, cuja história se acha narrada no
capítulo 9 do Evangelho de João, pôs fim a uma grande demanda teológica com os
judeus incrédulos, dizendo apenas: "Se é pecador, não sei; uma coisa sei,
e é que, havendo eu sido cego, agora vejo", Jo 9.25. Experiências são
fatos, e contra fatos não há argumentos.
Ao
endemoninhado gadareno a quem libertara, Jesus disse: "Vai para tua casa,
para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve
misericórdia de ti", Mc 5.19. O texto sagrado acrescenta: "E ele foi,
e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos
se maravilhavam", v.20.
Diante
da grande multidão que o acusava em Jerusalém; em sua defesa, o apóstolo Paulo
contou sua própria experiência, a começar desde seus ancestrais até o seu
ministério no momento em que foi preso, como meio de abandar-lhes a ira: At 22.
Salvação,
batismo com o Espírito Santo, dons espirituais, comunhão com Deus e com os
santos, são experiências para serem não só vividas, mas igualmente contadas aos
outros. Contar aos outros o que Deus fez por nós é uma forma de continuarmos com
a bênção recebida em nossas vidas. E isto desagrada não só aos
"apóstolos," da causa antipentecostal: desagrada o Diabo também.
Evidentemente,
cada causa tem opositores à altura da sua dignidade. E para sobreviver sob o acirrado
fogo da artilharia antipentecostal, jamais lançaremos mão das armas dos que se
nos opõem. Hoje, como sempre, prevalece "a palavra do Senhor a Zorobabel,
dizendo: Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor
dos Exércitos", Zc 4.6.
Acreditar
na afirmação de Gromacki e Francisco Huling, de que o Movimento Pentecostal é
de origem satânica, seria o mesmo que admitir que Satanás se tenha convertido e
se feito aliado de Deus na redenção do mundo, pois, quem tem feito mais que os
pentecostais pela evangelização dos povos? Russell Spittler disse que "os
pentecostais sempre foram melhores no evangelizar que no escrever tratados de
teologia. Somos mais conhecidos pelas missões ao estrangeiro que pelos livros
teológicos". Mas não temos por que nos envergonhar disso, pois quando
ganhamos uma alma sabemos estar cumprindo com o desejo maior de Deus - a
conquista de almas, e a Bíblia diz: "O que ganha almas sábio é", Pv
11.30.
O
Movimento Pentecostal continuará triunfando e por fim triunfará, porque ele não
é um movimento do homem, mas do Espírito Santo. E um movimento do Espírito
Santo não pode ser destruído por livros.
3. COM A
PALAVRA, O JUIZ
Em
todas as demandas teológicas de fé e de religião, a Bíblia Sagrada é o juiz. E
em face das alegações da acusação e da defesa feita ao Movimento Pentecostal,
qual o veredicto? O réu será condenado ou absolvido?
Através
de seus escritos, os antipentecostais chegam mesmo a sugerir que a doutrina
pentecostal não passa de batismo com o Espírito Santo, glossolalias e dons do
Espírito Santo. Isto se deve à premeditada aversão que têm aos pentecostais. O
sectarismo denominacional e a jactância pessoal os impedem de ser sinceros e
imparciais nas suas pesquisas. Não encontram a verdade quanto aos pentecostais
porque, na realidade, fazem questão em não a achar.
Na
verdade, nem precisariam dar-se a penoso estudo para descobrirem que o
Movimento Pentecostal crê:
em
um só Deus eterno, subsistente em três pessoas: o Pai, eterno e imutável; o
Filho, eternamente gerado do Pai; e o Espírito Santo, emanante do Pai: Dt 6.4;
Mt 28.19; Mc 12.29; Jo 15.26; na divina inspiração da Bíblia Sagrada, única
regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão: 2 Tm 3.14-17;
no
nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua
ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus: Is
7.14; Rm 8.34; At 1.9;
na
pecaminosidade do homem que se destituiu da glória de Deus, e que somente pelo arrependimento
e pela fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo pode ser restaurado a
Deus: Rm 3.23; At 3.19;
na
necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Jesus Cristo e pelo poder
atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do
reino dos céus: Jo 3.3-8;
no
perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da
alma, recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus
Cristo em nosso favor: At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9;
no
batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez, em água, em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus
Cristo: Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12.
na
necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra
expiatória e redentora de Jesus Cristo no Calvário, através do poder
regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a
viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo: Hb 9.14; 1 Pe 1.15,16;
no
batismo bíblico com o Espírito Santo, como bênção distinta do novo nascimento,
que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência
física inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade: At 1.5; 2.4;
10.44-46; 19.1-7;
na
atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para
sua edificação, conforme a sua soberana vontade: 1 Co 12.1-12;
na
segunda vinda pré-milenial de Cristo, em duas fases distintas: Primeira -
invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande
Tribulação; segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para
reinar sobre o mundo durante mil anos: 1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc
14.5; Jd 14;
que
todos os crentes comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receberem a
recompensa dos seus feitos em favor da obra de Cristo na terra: 2 Co 5.10;
no
juízo vindouro que justificará os fiéis e condenará os infiéis: Ap 20.11-15;
na
vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os
infiéis: Mt 25.46.
Qualquer ensino contrário ao contido na fé pentecostal, ainda
que alegadamente baseado na Bíblia, não passa de artifício criado por uma teologia
desvirtuada e que em nada honra a Deus.
O
Dr. James I. McCord, presidente do Seminário Teológico de Princeton, disse:
"Nossa
época terá de tornar-se a Era do Espírito, do Espírito de Deus ativo no mundo,
a sacudir e a esmagar todas as nossas formas de estruturas, produzindo reações
favoráveis consoantes com o Evangelho e com as necessidades do mundo".
Também
o Dr. Ernest Wriht, de Havard, não faz muito tempo, disse:
"A
consumação do reino de Deus será assinalada por um grande reavivamento com acontecimentos
carismáticos. Então, tanto os líderes como o povo estarão cheios do Espírito;
dotados de poder do Espírito em escala até esse tempo desconhecida".
Concluindo,
escreveu Robert C. McQuilkin, em seu livro: "A Mensagem Pentecostal para
Hoje":
"Não
limitemos a Deus em suas operações sobrenaturais, mas nos preparemos para novos
e grandes derramamentos do Espírito Santo, que se produzirão nos dias posteriores
aos atuais. Aproximam-se os dias quando nada poderá anular a força aterradora
do inimigo, exceto o poder sobrenatural que muitos crentes têm
experimentado".
Portanto,
o veredicto da Bíblia é que o Movimento Pentecostal triunfará, pois só através
dele é que o avivamento desejado, buscado e esperado tem encontrado livre curso
no mundo hoje.
A
nossa fervente oração a Deus é no sentido de que Ele sopre o vento do seu
Espírito sobre aqueles que, tendo feito da causa antipentecostal o seu
apostolado maior, estão tal qual os ossos secos do vale da visão de Ezequiel, e
os faça bênção para as suas congregações tão carentes do toque poderoso do Deus
vivo. Assim, juntos num mesmo pensamento e sentimento, nós faremos receptores
do grande avivamento que na sua plenitude será derramado por Deus sobre o
mundo.
OLIVEIRA, R. D. A
Doutrina Pentecostal Hoje. Pesquisador Cristão.