Combate às heresias é
trabalho apologético. Isso significa lutar pela defesa do Evangelho. A apologia
cristã foi praticada pelos cristãos dos tempos dos apóstolos e nós não devemos
nos furtar a essa responsabilidade. As heresias estão dividindo igrejas e separando
famílias, rompendo com os valores ortodoxos do cristianismo evangélico. O nosso
trabalho deve ser no sentido de proteger o rebanho do Senhor Jesus e
evangelizar também os adeptos de movimentos exóticos de ensinos excêntricos,
que negam o cristianismo histórico.
1.
Seitas e heresias
As palavras
"seita" e "heresia" são as mesmas na língua grega, hairesis, que aparece nove vezes no Novo
Testamento grego. O termo "herege",
que aparece em Tito 3.10, hairetikos,
é adjetivo que vem do substantivo grego hairesis.
Aparece seis vezes em Atos: dois para identificar os fariseus (At 15.5; 26.5);
um, os saduceus (At 5.17); e três para identificar os cristãos (24.6,14,
28.22). Aparece ainda com o sentido de "divisão, dissensão" (ICo
11.19; Gl 5.20). E finalmente com o sentido de "erro doutrinário, falso
ensino" (2 Pd 2.1) traduzido por "heresias".
O historiador Flávio Josefo
e muitos outros escritores antigos usaram essa palavra com o sentido de
"escola" de pensamento, "doutrina" ou "religião",
sem conotação pejorativa. O verbo grego aijrevw, de onde vem o substantivo em
foco, significa "escolher". Na literatura clássica tem o sentido de
escolha filosófica ou política.
Como partido ou facção
religiosa pode ser visto nos fariseus e saduceus. Apesar de serem grupos hostis
entre si mesmos, com crenças divergentes e até contraditórias, estavam debaixo
de uma mesma religião: o judaísmo (Gl 1.13-14). Isso acontece ainda hoje, pois
muitos grupos heterodoxos ostentam a bandeira do cristianismo, como as
Testemunhas de Jeová, os Mórmons, o Reverendo Moon, os Meninos de Deus
(atualmente A Família), e muitas outras.
Esse termo foi aplicado aos
cristãos pelas pessoas que desconheciam o verdadeiro caráter do cristianismo,
pelos incrédulos e perseguidores. O apóstolo nunca reconheceu o cristianismo
como seita, ele mesmo disse: "conforme aquele caminho que chamam
seita", At 24.14.
Atualmente, a palavra
"seita" é usada para designar as religiões heterodoxas ou espúrias. É
uma palavra já desgastada, trazendo em si um tom pejorativo e por isso estamos
estudando outra nomenclatura para designar esses grupos religiosos não
ortodoxos. São grupos que surgiram de uma religião principal e seguem as normas
de seus líderes ou fundadores, cujos adeptos não gostam de serem chamados
seitas. Seus ensinos divergem da Bíblia nos seus principais pontos da fé
cristã.
São uma ameaça ao
cristianismo histórico e um problema para as igrejas. Elas existem desde o
princípio do cristianismo. Hoje estão bem aparelhadas para o combate da fé cristã.
Apresentam-se, muitas delas, com uma estrutura organizacional de fazer inveja a
qualquer empresa multinacional.
As heresias afetam os pontos
principais da doutrina cristã, no que diz respeito à Trindade: Deus, Senhor
Jesus Cristo e o Espírito Santo; ao homem: natureza, pecado, salvação, origem e
destino; aos anjos, à Igreja e às Escrituras Sagradas.
São uma ameaça ao
cristianismo histórico e um problema para as igrejas. Elas existem desde o
princípio do cristianismo. Hoje estão bem aparelhadas para o combate da fé
cristã. Apresentam-se, muitas delas, com uma estrutura organizacional de fazer
inveja a qualquer empresa multinacional.
As heresias afetam os pontos
principais da doutrina cristã, no que diz respeito à Trindade: Deus, Senhor
Jesus Cristo e o Espírito Santo; ao homem: natureza, pecado, salvação, origem e
destino; aos anjos, à Igreja e às Escrituras Sagradas.
2. A verdade absoluta
A verdade cristã é muito
diferente das especulações filosóficas. Aristóteles foi aluno de Platão e este
de Sócrates. Cada um deles discordou do seu mestre em muitos pontos. Os pontos
eram para ser discutidos como tentativa de encontrar a verdade. Nenhum desses
filósofos foi diminuído ou desconsiderado por rejeitar alguma linha de
pensamento e apresentar outra. Isso aconteceu porque as ideias eram meramente
humanas, assim surgiram muitas escolas filosóficas.
A palavra
"verdade", em hebraico, é emet,
em grego aletheia, e em latim veritas.
Para os hebreus emet significa
"confiança"; para os gregos aletheia
significa "não oculto, não escondido"; para os romanos veritas significa "precisão, rigor,
exatidão de um relato". Isso talvez explique a pergunta de Pilatos a
Jesus: "Que é a verdade? (Jo 18.38). A verdade de que trata a
Bíblia é diferente da visão greco-latina.
A filosofia, a ciência e a religião
estão comprometidas na busca da verdade universal. A filosofia busca a verdade
sobre o ser, a ciência sobre os fenômenos e a religião sobre Deus e os
significados últimos. Cada uma dessas áreas emprega métodos e ferramentas
adequadas e específicas.
A verdade bíblica é a
verdade absoluta de Deus. O Senhor Jesus Cristo é a revelação da Verdade em
Deus (Jo 14.6-9). Da mesma forma, o Espírito Santo, que é chamado
"Espírito da verdade" (Jo 16.13) e é também a verdade (ljo 5.6). Como
atributo divino, a verdade implica em veracidade e fidelidade e isso aparece no
relacionamento de Deus com os homens, em palavras, atos e modos. Sendo assim, a
sua comunicação com os humanos é perfeita, pois "tua palavra é a
verdade", Jo 17.17.
Para os hebreus, os valores
bíblicos não eram para ser discutidos, aprimorados ou aperfeiçoados, mas crido
e obedecido.
Todos deviam colocar essas
coisas em prática, pois eram revelações divinas. Os críticos chamam os valores
judaico-cristãos de dogma, porque o judeus religiosos e os cristãos não
questionam esses valores, que muito diferente do padrão grego. Cristianismo e
filosofia são incompatíveis. Filosofia é para discutir e cristianismo é para
crer. Disse Tertuliano: "O que tem que ver Jerusalém com Atenas?"
Pela natureza da fé cristã, pensamento divergente, deixa de ser cristão, as
doutrinas deixam de ser ortodoxas, tornando-se heresias.
3.
A Teologia das seitas
É verdade que as heresias
abrangem todos os aspectos da doutrina cristã, mas nenhuma doutrina tornou-se
tão controvertida e alvo de tantos ataques quanto a doutrina cristológica.
Jesus perguntou, certa vez: "Quem dizem os homens ser o Filho do
homem?", Mt 16.13,14. Somente Pedro acertou, mas Jesus esclareceu que isso
só foi possível em virtude da revelação de Deus, e isso mostra que ninguém pode
conhecer a Jesus se não for pelo Espírito Santo (ICo 12.3). Todos os cristãos
reconhecem o senhorio de Cristo pela revelação do Espírito Santo, pois só Ele é
capaz de revelar a verdadeira identidade de Jesus (Jo 15.26 e 16.14).
A pergunta de Jesus ainda
continua no ar e as seitas continuam procurando respostas fora das Escrituras e
sem a revelação do Espírito Santo. Apóstolo Pedro disse que os falsos mestres
introduziriam encobertamente heresias de perdição e negarão ao Senhor que os
resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição (2 Pd 2.1). Todos os
líderes religiosos que ensinam e defendem uma cristologia estranha ao Novo
Testamento se inserem nesse contexto. O apóstolo afirma que negar ao Senhor que
os resgatou são "heresias de perdição".
O Senhor Jesus disse: E a
vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus
Cristo, a quem enviaste", Jo 17.3. Isso significa que conhecer um Jesus
estranho ao Novo Testamento (2 Co 11.4) leva o homem a adorar um deus errado e
o fim é terminar também num céu errado. Quando perguntaram a Jesus qual o
primeiro de todos os mandamentos, Ele respondeu: "Ouve, Israel, o Senhor
nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas
forças", Mc 12.29,30. Essa resposta mostra que a doutrina de Deus é uma
questão de vida ou morte e não uma crença alternativa. Isso implica na doutrina
da Trindade.
As
Testemunhas de Jeová afirmam que Jesus é um deus de segunda
categoria, que o Espírito Santo é uma força ativa e impessoal e que a Trindade
é uma doutrina pagã.
Os
mórmons pregam a divindade do homem e chama as três Pessoas da
Trindade de três deuses. Dizem que a divindade de Jesus é igual a de toda a
humanidade, pois ensinam que "como o homem é, Deus foi; como Deus é, o
homem poderá vir a ser".’
A
Nova Era prega o panteísmo e a divindade do homem.
A
Igreja Local de Witness Lee, apesar de usar com frequência o nome
Trindade, em suas publicações, e defenderem a deidade de Cristo, negam-na na
exposição dela, é uma crença unicista. Todas as seitas orientais e ocultistas
recusam a doutrina bíblica da Trindade.
A Ciência Cristã ensina que
Jesus possuía apenas a natureza humana, sua divindade é meramente uma ideia. Os
Meninos de Deus afirmam que Jesus teve um início. A seita fundada pelo falecido
Reverendo Moon nega a ressurreição de Jesus e afirma que sua morte foi um erro
lamentável.
Ciência
Divina ensina que Cristo é um princípio interior e a Ciência
Religiosa prega que Jesus deve ser distinto de "Cristo".
A
Teosofia ensina que o Jesus histórico era meramente humano e os
Unicistas negam a Trindade e ensinam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são
uma só Pessoa. Todos esses conceitos cristológicos contrariam o ensino bíblico
e estão no contexto petrino de "negarão ao Senhor que os resgatou", e
o fim deles é a perdição.
Para os judeus religiosos e
cristãos a Bíblia é revelação absoluta da verdade. É inspirada por Deus (2 Tm
3.16), é o Livro de Deus (Is 34.16). O Senhor Jesus Cristo, a maior autoridade
no céu e na terra (Mt 28.18), chamou as Escrituras de "a Palavra de
Deus" (Mc 7.13). É a única autoridade, regra de fé e prática para a vida e
a conduta cristãs (Is 8.20). Rejeitar, pois, a Bíblia, aceitar com reservas ou
adotar outros escritos com a mesma autoridade da Bíblia ou acima dela perde
todas as características do cristianismo.
As seitas rejeitam a
autoridade e inspiração das Escrituras. Há movimentos que admitem crer na
Bíblia e segui-la, como as Testemunhas de Jeová, embora na prática não seja
assim. Não reconhecem a autoridade dos manuscritos gregos, do contrário não
usariam o nome "Jeová" 237 vezes no Novo Testamento da Tradução do
Novo Mundo, mesmo reconhecendo que o Tetragrama não aparece uma vez sequer em
nenhum manuscrito ou papiro grego.
Creem cegamente na
publicações da Sociedade Torre de Vigia. Chegaram a declarar: "Em
essência, mostramos que a Sociedade é uma sociedade inteiramente religiosa; que
os membros aceitam como seus princípios de crença a Santa Bíblia, conforme
explicada por Charles T. Russell"? A Bíblia só é aceita com a explicação
do fundador do movimento das Testemunhas de Jeová. Acreditam que a Bíblia não
pode ser entendida sem a revista A Sentinela e sem a Sociedade Torre de Vigia: "É
todo-importante estudar a Bíblia, e, visto que A Sentinela auxilia a entender a
Bíblia, seu estudo é também imperativo".
No parágrafo seguinte,
continua: "O estudo particular da revista é essencial". "Se
tivermos amor a Jeová, e à organização de seu povo, não teremos suspeitas, mas
como diz a Bíblia, 'creremos em todas as coisas', todas as coisas que A
Sentinela esclarece, uma vez que tem sido fiel em nos dar conhecimento dos
propósitos de Deus e em nos guiar no caminho da paz, da segurança e da verdade,
desde seu início até o dia atual." Nessa declaração, A Sentinela é
colocada no mesmo nível da Bíblia. Colocar qualquer outro escrito com a mesma
autoridade da Bíblia ou acima dela constitui-se heresia.
Os
adventistas do sétimo dia reconhecem os escritos da Sra. Ellen
Gould White com a mesma autoridade da Bíblia. Afirmam que a expressão "o
testemunho de Jesus é o espírito de profecia" (Ap 19.10) seja uma alusão
aos escritos da Sra. White. Creem que suas obras têm "aplicação e
autoridade especial para os adventistas do sétimo dia", e negam que
"a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam
diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas."
O candidato ao batismo,
nesta igreja, ao preencher a ficha de batismo, encontra o lugar onde está escrito:
"você crê no espírito de profecia?" Respondendo, não estará impossibilitado
de batizar-se. Este é um dos problemas mais graves do adventismo do sétimo dia.
O que enfraquece essa crença
deles é que muitos dos escritos da senhora White são plágios. Walter T. Rea, em
sua obra The White Lie (A Mentira Branca), apresenta tabelas intermináveis
desses plágios. No capítulo cinco, ele mostra que a obra Patriarcas e Profetas
é plágio do doutor Edersheim. No capítulo seguinte, ele apresenta as fontes de
onde Ellen White plagiou o livro O Desejado de Todas as Nações.
Os
mórmons têm o Livro de Mórmon, A Pérola de Grande Valor,
Doutrinas e Convênios e outras obras chamada de "obra padrão". Logo
na folha de rosto do Livro de Mórmon diz: "Um outro testamento de Jesus
Cristo". Se é outro testamento, podemos, com autoridade da Palavra de
Deus, impugná-lo. Não podemos recebê-lo de acordo com o que ensina apóstolo
Paulo, não devemos receber outro Evangelho além do que está no Novo Testamento,
ainda que seja pregado por um anjo (Gl 1.8,9).
O credo mormonista coloca o
Livro de Mórmon acima da Bíblia quando declara sua crença na Bíblia "desde
que seja fiel a sua tradução e também no Livro de Mórmon" (Regras de Fé,
artigo 8”). Por que para se crer na Bíblia exigiu restrição, mas no Livro de
Mórmon, não? James Talmage, eminente líder mórmon do início do século XX,
responde a essa pergunta dizendo que "não há e nem pode haver uma tradução
absolutamente fidedigna desta e de outras Escrituras".8 Essa resposta é
uma maneira sutil para dizer que o mormonismo não crê ser a Bíblia a Palavra de
Deus.
Há seitas que não reconhecem
a autoridade da Bíblia como a Palavra de Deus, como a Nova Era, os espíritas e
suas ramificações, seitas orientais, Hare Krishna e Seicho-no-iê.
Além de apresentar um modelo
falso de salvação defendem o exclusivismo, monopolizam a salvação. As Testemunhas
de Jeová pregam ser impossível fazer a vontade de Deus fora da Torre de Vigia.
Ousam substituir Jesus Cristo pela organização. Ensinam que existe um só
caminho para a salvação, mas que este caminho é a Sociedade Torre de Vigia.
A Bíblia diz que o único
Caminho para a salvação é Jesus (Jo 14.6). Por isso aprenderam que, quem quiser
obter a vida eterna precisa pertencer a organização delas. Esta é uma
declaração monstruosa e assombrosa, mas é o evangelho das Testemunhas de Jeová,
completamente estranho ao Novo Testamento (Gl 1.8-9).
Outras seitas pregam deter o
monopólio da salvação da humanidade. Os mórmons afirmam que todas as igrejas da
terra se apostataram e Jesus escolheu Joseph Smith Jr. para começar tudo de
novo e por isso creem que somente eles estão com a verdade. Os adventistas
chamam a si mesmos de remanescentes e as demais igrejas como apóstatas e
comprometidas com a besta. A Igreja Local, de Witness Lee, engloba no mesmo
bojo protestantes, católicos e judeus e pregam o exclusivismo, como se a
salvação fosse monopólio apenas do movimento.
A salvação está na Pessoa
augusta de Jesus e independentemente de organização religiosa. Filiar-se a uma
igreja já é consequência da nova vida em Cristo. A Bíblia diz que a salvação é
para todo aquele que invocar o nome do Senhor (Rm 10.13) e andar conforme as
Escrituras (Is 8.20; Jo 7.37,38). O exclusivismo é um dos fatores que
caracteriza uma seita.
4.
Barreiras no combate às heresias
Não é tarefa fácil, pois
encontramos muitas hostilidades dos sectários, que às vezes nos impedem a sua
aproximação. O problema ainda é maior porque a maioria desses sectários saiu da
igreja e isso torna difícil o nosso relacionamento com eles para a
evangelização, como disse Jan Karel Van Baalen: "O cultor médio de uma seita
deixou uma fé tradicional, em que foi criado, e adotou 'cousa melhor'... não
somente repudiou a religião ortodoxa que nós representamos, mas é mesmo hostil
a ela... Inseparável, embora distinto dessa hostilidade, é portanto, o
ressentimento contra nós como intrusos que nos atrevemos a ir ensinar a ele que
achou cousa muitíssimo superior... Esse ressentimento contra nós poderá tomar
várias formas, de acordo com o temperamento do sectário e a natureza do ismo
que ele representa".
A outra reação comum do
sectário é o que chamamos de síndrome de perseguição. Quando alguém mostra
estas coisas para os sectários, eles costumam dizer que se trata de
perseguição. Eles atacam e agridem o cristianismo bíblico histórico. Eles
procuram conhecer as brechas do cristianismo e transmitem o resultado de suas
pesquisas às vítimas da maneira mais desonesta que se pode imaginar. Quando
procuramos com amor e respeito mostrar que suas crenças não estão de acordo com
a Bíblia, tornamo-nos para eles antipáticos, perseguidores, apóstatas,
opositores.
Esse trabalho se torna árduo
e muito arriscado, pois pode alguém cair nas malhas das seitas, se não possuir
conhecimentos suficientes da Palavra de Deus. Requer-se o conhecimento
específico de uma determinada seita, conhecer bem suas crenças, seus
argumentos, bem como contra argumentá-los. Além disso, requer-se, ainda,
conhecimento sólido e profundo de nossa fé, de como expor nossas crenças à luz
da Bíblia. Tudo isso com a ajuda do Consolador, a unção do Espírito Santo (Jo
16.8).
Não é muito comum encontrar
alguém especializado em apologética ou em alguma seita específica. Os que
militam nesta área são geralmente as pessoas que saíram destas seitas. As igrejas,
através da liderança, deveriam no mínimo conhecer seu credo doutrinário. Mas
parece que é cultura do nosso povo "fazer membros de igrejas" sem
fazer discípulos (Mt 28.19,20). Estamos criando o Curso de Apologia Cristã para
atender às nossas igrejas, equipando os irmãos para esse tão importante trabalho.
5.
Por que devemos combater às HERESIAS?
Convém salientar que é dever
dos cristãos estarem "sempre preparados para responder com mansidão e
temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós", lPd
3.15. O combate às heresias ocupa um terço do Novo Testamento. Não há livro no
Novo Testamento que não revele esse combate. Alguns livros já são per si esse
combate, sendo seu conteúdo uma apologia à doutrina cristã, a sua essência uma
defesa do cristianismo. O Senhor Jesus Cristo é o apologista por excelência,
defendeu a verdade revelada nas Escrituras (Mc 7.9-13). Apóstolo Paulo se
considerava apologista (Fp 1.16).
Judas nos exorta "a
batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (v3). O conteúdo de 2
Coríntios, Gálatas e 2 Pedro é essencialmente um tratado de apologia cristã.
Inúmeras vezes encontramos nos evangelhos o Senhor defedendo a verdade divina.
Desde os tempos apostólicos que ser cristão significa ser apologético, eles
defendiam aquilo que criam (Tt 1.9- 11). É, portanto, tarefa da igreja atual
defender a fé cristã, como disse Van Baalen: "As seitas são as contas
vencidas da Igreja".
Combatendo às heresias
estamos também evangelizando, além de defender o rebanho de lobos cruéis (At
20.29). Os adeptos das seitas estão no contexto de Marcos 16.15, são criaturas
que precisam conhecer a Jesus. Talvez alguns deles nunca tiveram a oportunidade
de ouvir a verdade da Palavra de Deus. Estas vítimas estão incluídas nos grupos
ainda não alcançados.
Divulgação: www.escolabiblicaecb.com | Artigo:
Pr. Esequias Soares