A
grande ironia do uso do termo fundamentalismo em nossos dias é que justamente
aqueles que o usam com o sentido de intolerância (os liberais) são os mais
intolerantes de todos.
Uma análise da cultura ocidental hodierna comprova que não há nada mais contraditório hoje no mundo do que o fundamentalismo liberal, porque não há nada mais intolerante hoje no Ocidente do que o liberalismo. É pura intolerância camuflada de tolerância para enganar ingénuos.
Os
liberais, são extremamente, são extremamente intolerantes. Ora, se discordar é
um direito, porque não podemos como cristãos, discordar do ponto de vista de
alguém não – cristão sem ser taxado de intolerante? Isso significa que são
“dois pesos, duas medidas?
Os
liberais atacam dogmas, mas têm eles mesmos um dogma que não aceitam de forma
alguma que seja criticado: o relativismo. São absolutamente intolerantes quanto
a isso.
Aceitam
a discordância dos absolutos, mas não aceitam que se discorde do relativismo. E
mais: lutam pela imposição relativismo sobre todos.
Assim,
o grande problema do liberalismo é que ele cria um novo modelo de intolerância.
A tolerância passa a se transformar em intolerância na medida em que somos
forçados a ter de aceitar como igualmente certos as demais ideologias.
O
fundamentalismo liberal confunde, a necessidade de coexistência pacífica entre
as ideologias com a imposição da aceitação de todas as ideologias.
Isso
é um tremendo erro e injustiça. Podemos conviver pacificamente com as
ideologias mas não aceitar todas as ideologias.
Devido
a essa visão liberal, hoje em dia somos atacados e em alguns momentos até
proibidos de expressarmos nossas crenças
e valores, mesmo que isso seja feito educadamente, sem agressões verbais. O que
é isso, senão a imposição de um dogma?
Há
pouco tempo, alguém disse que "como demonstra a História, uma democracia
sem valores pode converter-se facilmente em um totalitarismo aberto ou
encoberto". Assim como um monarca deve respeitar os valores morais, senão
estará instaurando um regime absolutista, a democracia deve ser também norteada
pelos valores morais, e não pelo relativismo moral.
Pensar o contrário é levar o sistema democrático à autodestruição. Uma democracia sem valores tem o poder de extinguir a democracia em si.
Sem valores morais, o que nasceu sob o apanágio da tolerância se torna exatamente o seu oposto: um monstro de intolerância.
Fonte:
Jornal Mensageiro da Paz, ano 77,número 1.468, pág. 2
DICAS
DE CURSOS BÍBLICOS