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Subsídios Bíblicos Dominical: 3° Trimestre de 2022
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Classe Dominical: Adultos
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2 - A Sutileza da Banalização da Graça
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Autoria: R. Ensiandor Cristão
O conhecimento bíblico sobre a graça é imprescindível aos crentes, haja vista que a razão pela qual temos acesso à salvação é a própria graça.
Este importante ensinamento muitas vezes enfrenta dificuldades em ser aceito em alguns segmentos que se dizem cristãos devido à falta de compreensão o que é a graça. Por outra lado, há aqueles que banalizam a graça divina como pretexto para justificarem a conduta pecaminosa e ausente de temor a Deus.
Compreender
o conceito da “graça” é o primeiro passo para aceitá-la conforme a sua
finalidade. De acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD, 2006), o termo
“graça” no Antigo Testamento é “hen”, que significa favor imerecido de um
superior em relação ao seu subalterno.
Na
relação de Deus para com o homem, “hen” é demonstrada por meio das bênçãos
temporais, bem como das espirituais e livramentos. No Novo Testamento, a
palavra grega “charis” descreve a graça na aparência ou na fala. Significava
também a consideração favorável em relação a uma pessoa. Em seu sentido mais
específico, a graça manifestada no sacrifício de Jesus produz nova vida no
crente que passa a ser conduzido, capacitado e fortalecido por ela (2 Co
8.6,7,9; Cl 4.6; 2 Ts 2.16; 2Tm 2.1).
Há
quem diga que a graça foi manifestada a partir do advento do Messias neste
mundo. Entretanto, se observarmos bem a história bíblica, a graça sempre
existiu. Ela se fez presente no anúncio de que a semente da mulher prevaleceria
contra a semente pecaminosa da serpente (Gn 3.15). Ali estava a primeira
promessa implícita do plano de Deus para salvação da humanidade mediante a
graça.
Semelhantemente, a provisão do cordeiro sem mancha para o sacrifício, tão comum na aliança mosaica, tinha como finalidade a remoção da culpa do pecador, o que é uma representação clara da graça divina que se manifestaria corporalmente ao mundo na pessoa de Cristo (Jo 1.29).
Isto
posto, torna-se indispensável que a maravilhosa graça não seja banalizada. O
“barateamento” da graça ocorre em razão de muitos já não desfrutarem da graça
para permitir que suas vidas sejam conduzidas pela ação do Espírito Santo.
Antes, a ausência de temor e o desprezo pelo sagrado reflete em uma vida cristã
vazia, nominal e mundanizada. Para estes, já não há mais arrependimento quando
cometem algum pecado, seja qual for sua ordem, moral ou espiritual. E assim
ocorre o embrutecimento da alma e os homens tornam-se insensíveis à voz do
Espírito (2 Pe 1.3-11). Oremos para que Deus renove em nossos corações o temor
do Seu Espírito e o comprometimento com o Evangelho da graça de Deus.