Lições
Bíblicas do 4° Trimestre de 2023, Adultos CPAD
Revista: Até os Confins da Terra: pregando o Evangelho a todos os povos até a Volta
de Cristo
Comentarista: WANER GABY
Data
da Aula: 5 de Novembro
TEXTO ÁUREO
“Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is 6.8)
VERDADE PRÁTICA
Nem todos são chamados para ir ao campo missionário, mas todos têm a responsabilidade de orar e contribuir com essa obra.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Cl 4.2,3
Orando
para que as portas do Evangelho se abram
Terça
- Ef 6.19
Orando
para que os missionários preguem ousadamente o Evangelho
Quarta
- 1 Co 9.14
O
princípio bíblico do sustento financeiro da obra missionária segundo o Novo
Testamento
Quinta
- Fp 1.5
A
cooperação financeira dos filipenses com o ministério de Paulo
Sexta
- Is 6.8,9; Jr 1.5
Quando
Deus chama para sua obra no mundo
Sábado
- Mt 5.13-16
Caráter
e testemunho do vocacionado nestes últimos dias da Igreja no mundo
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Efésios
6.18-20
18
- orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso
com toda perseverança e súplica por todos os santos
19
- e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com
confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
20 - pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.
HINOS
SUGERIDOS: 224, 225, 255 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Há várias formas de fazer Missões hoje: orando, contribuindo e
indo. No Reino de Deus cada pessoa tem o seu contexto e sua particularidade.
Por isso, há uma multiforme maneira de o crente se envolver com Missões. Na
lição desta semana, trataremos de aspectos práticos da obra missionária, ou
seja, a disposição do crente para enfrentar a batalha de oração por Missões, a
disposição de financiar a obra missionária e a disponibilidade de atender ao
chamado transcultural.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Expressar a importância
da oração pela causa de Missões;
II) Pontuar a benção de
contribuir para Missões;
III) Refletir a respeito da
vocação missionária.
B) Motivação: Deus continua a chamar pessoas para a obra
missionária. Na Palavra de Deus encontramos exemplos fortes de comissionamento
missionário: Jesus chamando os discípulos; o apóstolo Paulo diante de Jesus,
sendo comissionado para uma grande obra, enfim. Que o Espírito Santo aja nos
corações para o chamado missionário!
C) Sugestão de Método: Na última lição estudamos a respeito da
perspectiva pentecostal de Missões, a ênfase da operação do Espírito Santo no
trabalho missionário. Nesta lição, estudaremos a respeito da responsabilidade
do crente com a obra missionária de acordo com o seguinte tripé: oração,
contribuição e comissão. Assim, para introduzir a aula desta semana, pergunte
de maneira retórica quem ora, contribui e teve a experiência de fazer missões
transculturais. A ideia é causar uma reflexão bem próxima da causa missionária
da igreja local.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Afinal da aula, convide os alunos para orarem a
respeito dos três assuntos estudados. Ore para que Deus levante pessoas que
orem por missões. Ore para que Deus levante pessoas que contribuam
financeiramente com a obra missionária. E ore para que Deus levante pessoas que
façam a obra missionária no campo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista
que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições
Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.39, você encontrará um subsídio especial para
esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará
auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A
Importância da Intercessão para a Missão Urbana", localizado depois do
primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da oração no contexto
missionário; 2) O texto "Filipe", ao final do terceiro tópico, amplia
a reflexão a respeito da chamada na vida do crente.
INTRODUÇÃO
“Ide
por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15; cf. Mt
28.19; At 1.8). Essa passagem bíblica e outras referências ao longo do Novo
Testamento mostram que a prioridade da Igreja do Senhor Jesus Cristo é com a
evangelização do mundo. Esse compromisso com o chamado à evangelização mundial
exige três ações distintas: orar, contribuir e ir (exercer o chamado). Assim,
estudaremos essas três ações dentro do contexto da necessidade missionária.
PALAVRA-CHAVE
Fazer
I – ORANDO PELA
CAUSA DE MISSÕES
1.
A importância da oração na obra missionária.
Embora
considerado um “gigante na fé”, o apóstolo Paulo não dispensava as orações das
igrejas, pois possuía um profundo senso de necessidade dessa disciplina
espiritual. Para o apóstolo Paulo, a oração é uma disciplina interligada à obra
missionária (Ef 6.18-20). A partir disso, não podemos imaginar uma obra de
missões sem pessoas comprometidas com a disciplina da oração. Nesse sentido,
passamos a destacar pelo menos duas finalidades da oração na obra missionária.
2.
Interceder.
Devemos
orar para que as portas do Evangelho sejam abertas (Cl 4.2,3). Orar para que os
corações das pessoas se abram à mensagem de salvação, que os missionários
tenham ousadia para testemunhar e pregar o Evangelho (Ef 6.19) a fim de que a
Palavra de Deus seja propagada (2 Ts 3.1). Devemos interceder pela proteção e
segurança deles diante dos perigos que enfrentam (1 Ts 3.2). Há muitos outros
motivos de intercessão: para que o ministério dos missionários seja aceito
pelos povos (Rm 15.31); para que eles recebem a direção de Deus e haja
refrigério em suas vidas nas esferas física, emocional e espiritual (Rm 15.32).
3.
Despertar a igreja local para a obra missionária.
A
disciplina da oração missionária aumenta o desejo de o crente fazer algo no
sentido de levar a salvação para os perdidos e, até mesmo, de ser enviado ao
campo missionário. Nesse aspecto, é interessante destacar que os mesmos crentes
que deveriam orar por ceifeiros em Mateus 9.35-38 são os que foram enviados por
Jesus para ceifa em Mateus 10. Por isso, um grande líder de missões certa vez
disse: “Se mais crentes se pusessem de joelhos em oração, mais crentes se
poriam em pé na evangelização”.
SINÓPSE
I
A
oração no contexto de Missões tem o propósito despertar a igreja local para a
obra missionária
AUXÍLIO
MISSIOLÓGICO
“A
Importância da Intercessão para a Missão Urbana
A oração é o segredo espiritual para vermos Deus derramar um
poderoso avivamento em nossas cidades. Se acreditamos que o avivamento é uma
ação soberana do Espírito Santo, a oração é a maneira pela qual veremos essa
ação acontecer. Na intercessão, a Igreja assume sobre os seus ombros a
responsabilidade espiritual pelo bem-estar da cidade. No Antigo Testamento, o
sacerdote carregava sobre os seus ombros os nomes dos filhos de Israel, para
representá-los diante de Deus todas as vezes em que ele chegasse à presença do
Senhor. [...]
A Igreja, como povo sacerdotal do Senhor, também precisa levar a
sua cidade constantemente diante da presença de Deus. Somos colocados pelo
Senhor como atalaias nos muros da cidade e temos a responsabilidade de não
permitirmos que invasores entrem e destruam nossa sociedade. [...] Não podemos
estar descansados enquanto nossa cidade estiver sob o perigo iminente da
destruição por causa dos seus pecados. [...] Nossa negligência na intercessão
poderá trazer sérios prejuízos para nossas cidades” (ALVES, José. Missão
Urbana: Estratégias para a Conquista de Cidades. 1.ed. Rio de Janeiro: 2020,
p.63).
II
– CONTRIBUINDO PARA MISSÕES
1.
O sustento dos missionários.
Com
base nas leis do Antigo Testamento, quando Deus ordenou que os sacerdotes e
levitas deveriam ser sustentados por meio das ofertas das pessoas (Lv 7.28-36;
Nm 18.8-21), o apóstolo Paulo instruiu os coríntios: “assim ordenou também o
Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9.14). O nosso
Senhor ensinou acerca desse mesmo princípio no Evangelho de Mateus (Mt 10.10).
Em Filipenses 4.10-20, encontramos ensinamentos importantes acerca do modo como
os primeiros missionários receberam apoio financeiro. Após ter deixado a cidade
de Filipos, o apóstolo Paulo foi a Tessalônica para pregar o Evangelho e os
filipenses enviaram o apoio financeiro e material para o apóstolo (Fp 4.16).
2.
Contribuir para missões é juntar tesouros no céu.
Em
Mateus 6.20, lemos: “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem
consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam”. Esse versículo revela um
contexto de quem domina o coração do ser humano: o tesouro do céu (Deus) ou o
tesouro da terra (Mamom). Nesse sentido, podemos afirmar que quem financia a
obra missionária está ajuntando tesouro no céu, pois sua atitude faz com que
resultados extraordinários sejam reconhecidos na eternidade. Por isso, somos
convidados a ser participantes na cooperação financeira do anúncio do
Evangelho, como os filipenses eram no ministério do apóstolo Paulo (Fp 1.5).
3.
Contribuir para missões é um privilégio.
Não
há privilégio maior do que saber que por meio de nossa cooperação financeira,
Bíblias estão chegando a lugares que nunca ouviram falar do Evangelho, vidas
estão sendo alcançadas na África, na Europa, no outro lado do mundo. Participar
dessa cooperação é um privilégio espiritual. Se não podemos participar de
maneira presencial, podemos fazer de maneira financeira. Assim, podemos
cooperar na propagação do Evangelho até os confins do mundo (Fp 4.14-20).
SINÓPSE
II
Quando
o crente contribui para a obra missionária, ao mesmo tempo, está ajuntando
tesouros no céu.
III
– A CHAMADA PARA IR
1.
Deus quer usar cada crente.
Todo
cristão deve estar pronto para ir e fazer o trabalho missionário, levando as
Boas-Novas de Salvação aos moradores do campo e da cidade; aos estudantes, às
donas de casa, órfãos, profissionais liberais, deficientes físicos,
prostitutas, homossexuais, dependentes químicos, enfim, tantos grupos que o
Senhor nos proporcionar. Deus deseja usar a sua Igreja em todos os lugares:
hospitais, presídios, albergues, ilhas, aldeias indígenas, vilas, cidades,
campos, praças, eventos em massa, individual etc. Assim, para pregar o
Evangelho, o Senhor não enviará anjos, mas usará homens e mulheres (Hb 2.16; 1
Pe 1.12). Todavia, há um preço a pagar, ou seja, a obediência à chamada
missionária.
2.
A chamada missionária.
Nas
Escrituras vemos que Deus chama pessoas para uma grande obra: o profeta Isaías
foi chamado por Deus no Templo enquanto o adorava (Is 6.8,9); o profeta
Jeremias recebeu sua chamada antes de seu nascimento (Jr 1.5); o profeta Jonas
recebeu um chamado específico para uma cidade específica: Nínive (Jn 1.2); o
Senhor Jesus chamou seus discípulos quando a maioria deles ainda exercia uma
tarefa profissional (Mt 4.18-22); o apóstolo Paulo foi chamado enquanto viajava
para Damasco (At 9.19-31).
Aqui,
podemos perceber que não existe um único padrão de chamada missionária, mas é
de suma importância reconhecer que a chamada para qualquer tipo de serviço
relacionado ao Reino de Cristo vem do próprio Deus.
3.
Caráter e testemunho na obra missionária.
Além
de ser chamado por Deus, é preciso fazer a diferença no cumprimento do “Ide” de
Jesus (Mt 5.13-16). Note a expressão: “Vós sois o sal da terra” (v.13). Essa
sentença nos remete ao caráter do cristão, pois carrega o sentido de trazer
sabor, marcando a vida das pessoas por meio das nossas. Note também a
expressão: “Vós sois a luz do mundo” (v.14). Essa sentença traz a ideia do
nosso testemunho pessoal, ou seja, a luz deve brilhar em meio às trevas, no
contexto em que estamos inseridos.
4.
O perfil do vocacionado.
Podemos
dizer que há um conjunto de competências necessárias ao desempenho do chamado
missionário. Dentre elas, destacamos as seguintes:
a)
ser escolhido por Deus (At 9.15);
b)
não ser neófitos (1 Tm 3.6); c) cheio do Espírito Santo (At 1.8);
d)
reconhecido pela Igreja (At 1.21);
e)
ser aprovado nas tarefas locais;
f)
estar preparado espiritual, intelectual, psicológica e transculturalmente. Além
de testados, cumpridores dos pré-requisitos acima, dependendo de Deus (2 Co
12.7) e perseverando nEle (2 Tm 4.2).
SINÓPSE
III
Por
intermédio da chamada missionária, Deus quer usar cada crente no campo.
Auxílio
Vida cristã
“Filipe
As últimas palavras de Jesus a seus seguidores foi uma ordem
para que o evangelho fosse pregado em todos os lugares. No entanto, eles
pareceram relutantes à ideia de deixar Jerusalém. Foi necessária uma intensa
perseguição para espalhar os cristãos de Jerusalém pela Judeia e Samaria, para
onde Jesus lhes havia instruído a ir. Como a maior parte dos cristãos judeus,
Filipe, um dos diáconos responsáveis pela distribuição de alimentos, deixou
Jerusalém e divulgou o evangelho por todos os lugares por onde passou. Mas,
diferentemente da maioria, não limitou seu público a outros judeus. [...]
Em meio a todo o sucesso e empolgação [do Evangelho em Samaria],
Deus guiou Filipe ao deserto em virtude de um compromisso do Senhor em
revelar-se a um eunuco etíope, outro estrangeiro que esteve em Jerusalém.
Filipe foi imediatamente. Sua efetividade para compartilhar o evangelho fez com
que aquele homem se tornasse um cristão. Como o eunuco tinha uma posição
significativa em um país distante, sua conversão pode ter causado um impacto
positivo sobre a nação inteira” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de
Janeiro: 2004, pp.1495).
CONCLUSÃO
Nosso
propósito é que, a partir desta lição, cada aluno tome uma atitude de fé e se
comprometa com a obra missionária. Que se coloque à disposição para se dedicar,
ao menos, em uma modalidade da obra missionária: orar, contribuir ou ir. A
Igreja de Cristo tem a incumbência divina de perseverar na proclamação da
mensagem de salvação a toda criatura. É tempo de salvação e Deus conta conosco
para expandir o seu Reino no mundo.
REVISANDO
O CONTEÚDO
1.
O que a oração era para o apóstolo Paulo?
Para
o apóstolo Paulo, a oração era uma ação missionária (Ef 6.18-20).
2.
Pelo que devemos orar no contexto de intercessão para Missões?
Devemos
orar para que as portas do Evangelho sejam abertas (Cl 4.2,3).
3.
Que ensinamentos no contexto de Missões encontramos em Filipenses 4.10-20?
Após
ter deixado a cidade Filipos, o apóstolo Paulo foi a Tessalônica para pregar o
Evangelho e os filipenses, porém, enviaram o apoio financeiro e material para o
apóstolo (Fp 4.16).
4.
Para quem devemos levar as Boas-Novas?
As Boas-Novas de Salvação aos moradores do campo e da cidade; aos estudantes, às donas de casa, órfãos, profissionais liberais, deficientes físicos, prostitutas, homossexuais, dependentes químicos, enfim, tantos grupos que o Senhor nos proporcionar.
5.
Quais as principais competências para o desempenho do chamado missionário?
a)
Ser escolhidos por Deus (At 9.15); b) não neófitos (1 Tm 3.6); c) cheios do
Espírito Santo (At 1.8) etc.
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