
Lições Bíblicas Adultos, 1º Trimestre 2026 CPAD
REVISTA: A SANTÍSSIMA TRINDADE - O Deus Único
Revelado em Três Pessoas Eternas
Comentarista: Douglas Baptista
TEXTO ÁUREO
“E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.” (1 Jo 4.14)
VERDADE PRÁTICA
A paternidade de Deus é revelada no
envio do Filho e na concessão do Espírito, confirmando nossa filiação e
aperfeiçoando-nos no amor.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Jo 1.18 - O Pai não tem início
nem fim, Ele é eterno
Terça - Jo 17.5 - O Pai sempre foi
eternamente
Quarta - Jo 5.26 - O Pai gera o Filho e
ambos têm a vida em si mesmo - Quinta - Jo 15.26; 16.7 - O Espírito procede do
Pai e do Filho
Sexta - 1 Jo 4.15,16 - Confessar a
Cristo revela a habitação de Deus
Sábado - 1 Jo 4.17-19 - O amor de Deus
lança fora o temor e nos capacita a amar
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 4.13-16
13 - Nisto conhecemos que estamos nele,
e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito,
14 - e vimos, e testificamos que o Pai
enviou seu Filho para Salvador do mundo.
15 - Qualquer que confessar que Jesus é
o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus.
16 - E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em amor está em Deus, e Deus, nele.
HINOS SUGERIDOS :33, 48, 511 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A paternidade de Deus é uma verdade revelada nas Escrituras que mostra o Pai como fonte eterna de toda vida. Ele enviou o Filho e concedeu o Espírito, formando conosco uma relação íntima, segura e transformadora. É o que estudaremos nesta lição.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Compreender que a paternidade de Deus é eterna e
inseparável de sua natureza;
II) Reconhecer que confessar a Cristo como Filho é
evidência de filiação divina;
III) Aplicar os princípios do amor do Pai como base
para a vida cristã.
B) Motivação: A
compreensão da paternidade de Deus nos leva a desfrutar de segurança
espiritual, a viver com confiança diante do mundo e a experimentar um amor que
lança fora todo medo.
C) Sugestão de Método:
Antes de iniciar o estudo desta lição, proponha uma breve revisão das Lições 1
a 3. Divida a classe em três grupos e atribua a cada grupo uma das lições
anteriores para resumir. Oriente-os a destacar: o tema central, os principais versículos
e a aplicação prática. Cada grupo apresenta seu resumo em até 3 minutos.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A
paternidade de Deus é uma verdade revelada nas Escrituras que mostra o Pai como
fonte eterna de toda vida. Ele enviou o Filho e concedeu o Espírito, formando
conosco uma relação íntima, segura e transformadora. Nesta lição, estudaremos
como a Trindade manifesta a paternidade divina por meio do Filho e do
Espírito.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz diversos subsídios de apoio
à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 104, p.38, você encontrará um subsídio
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto "Características do Pai", localizado depois do
primeiro tópico, mostra como Deus se revela como Pai; 2) O texto "O Amor
de Deus como fonte do amor humano", ao final do terceiro tópico, mostra
que é por meio do amor de Deus que somos habilitados a amar o próximo.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos como o Pai
revela sua paternidade por meio da Trindade. Veremos que esta paternidade é
reconhecida na confissão de Cristo e aperfeiçoada em nós pelo amor, garantindo
nossa comunhão com Ele, capacitando-nos a viver com confiança, fidelidade e
expressão visível da nossa filiação diante do mundo.
PALAVRA-CHAVE: Paternidade
I – A REVELAÇÃO DA
PATERNIDADE DO PAI
1. Definição da paternidade do Pai.
A Paternidade é atributo da Primeira
Pessoa da Trindade, que opera por meio do Filho e do Espírito Santo: “um só
Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos vós” (Ef
4.6). O Pai é a fonte de tudo, Ele é soberano (1 Co 8.6), Ele é o princípio sem
princípio, Ele não é gerado (Jo 1.18), mas é Aquele que gera o Filho (Sl 2.7;
Hb 1.5) e de quem, junto com o Filho, procede o Espírito Santo (Jo 14.26).
Entender a paternidade divina é uma fonte de consolo. Podemos confiar no
cuidado do Pai, pois Ele é o originador de toda boa dádiva (Tg 1.17).
2. A paternidade eterna do Pai.
A Paternidade de Deus não tem início no
tempo. Deus é Pai desde toda a eternidade. Na oração sacerdotal Jesus disse:
“E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que
tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5). Este texto ensina que o
relacionamento entre o Pai e o Filho é anterior à criação, revelando que a
identidade de Deus como Pai é eterna. Não houve momento em que Deus se tornou
Pai. O Pai sempre foi Pai, o Filho sempre foi Filho e o Espírito sempre foi
Espírito (Ef 1.3,4; Hb 1.2,3; 9.14).
3. O Pai gerou o Filho.
A geração do Filho não implica criação;
Ele sempre existiu com o Pai, com a mesma essência: “Porque, como o Pai tem a
vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26).
Significa que o Deus Pai não recebeu vida de ninguém, Ele é autoexistente. O
Filho gerado pelo Pai também é autoexistente. Implica dizer que o Filho não foi
criado, mas eternamente gerado. O Filho, assim como o Pai, possui vida em si
mesmo, isto é, compartilha da mesma natureza divina (Jo 10.30).
4. O Pai nos concede o Espírito.
O Espírito Santo também tem sua origem
no Pai, mas de modo distinto. Ele procede do Pai (Jo 15.26) e é enviado pelo
Filho (João 16.7). Saber que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho é muito
mais do que um detalhe teológico; é uma fonte poderosa de segurança para nossa
vida cristã. O Espírito Santo é o próprio Deus (At 5.3,4), enviado para estar
conosco para sempre (Jo 14.16,17). Ele nos aproxima do Pai (Ef 2.18),
testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16) e nos guia em
toda a verdade (Jo 16.13).
SINÓPSE
I
A
paternidade de Deus é eterna, revelada no envio do Filho e na concessão do
Espírito.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
CARACTERÍSTICAS DO PAI
“(1) Como um Pai
carinhoso, Ele se importa conosco, nos guia e nos recebe para que possamos ter
uma comunhão profunda e aberta com Ele. Através da fé em Cristo, temos acesso
ao Pai a qualquer hora para adorá-lo e para expressar as nossas necessidades.
(2) Como um Pai, Deus não
tolera (ao contrário de alguns pais terrenos) o mal em seus filhos, e não falha
quando é necessário discipliná-los corretamente. Fazer qualquer coisa menos que
isto não seria bom para nós. Deus se opõe ao pecado e àquilo que o pecado pode
fazer contra os seus filhos.
(3) Como um Pai celestial,
ele pode castigar assim como abençoar, reter assim como dar, agir tanto com
justiça como com misericórdia. A maneira como Ele responde aos seus filhos
depende da fé deles, e da obediência que demonstram a Ele. No entanto, podemos
ter a confiança de que toda a direção e disciplina de Deus são para o nosso
bem” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022,
p.1616).
II – RECONHECENDO A
PATERNIDADE DO PAI
1. Confessar a Cristo como Filho.
A confissão de que Jesus é o Filho de
Deus é um ato central na fé cristã: “Qualquer que confessar que Jesus é o Filho
de Deus, Deus está nele e ele em Deus” (1 Jo 4.15). Reconhecer a filiação
divina de Cristo é mais do que uma afirmação privada. É uma declaração pública
de fé e sinaliza que Deus habita no coração do crente (Rm 10.9,10). Essa
capacidade não nasce da carne, nem da persuasão humana, mas da ação
sobrenatural do Espírito Santo (1 Co 12.3). Reconhecer Jesus como o Filho de
Deus é a única forma legítima de acesso ao Pai (Jo 14.6). Negar o Filho é, por
consequência, negar o acesso ao Pai (1 Jo 2.23). Que cada crente possa, com o
coração cheio de fé e gratidão, proclamar com ousadia: “Senhor meu, e Deus
meu!” (Jo 20.28).
2. A perfeição do amor do Pai.
O amor faz parte da natureza do Pai: “E
nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em
amor está em Deus, e Deus, nele” (1 Jo 4.16). O amor do Pai é sacrificial,
demonstrado ao enviar Seu Filho (Jo 3.16). Esse amor nos adotou; fomos aceitos
por Ele, com todos os direitos de filhos legítimos (1 Jo 3.1). Esse amor é
inquebrável; nenhum poder ou circunstância poderá nos separar desse amor (Rm
8.38,39). Esse amor é pessoal; não é apenas geral, mas é individual, voltado
para cada filho que crê (Jo 16.27). Assim, o amor do Pai é a fonte da nossa
nova vida; nossa salvação brota da abundância do Seu amor (Ef 2.4,5). Foi o
amor do Pai que nos buscou, nos salvou e nos guarda até o fim. Aleluia!
3. As bênçãos da filiação divina.
As Escrituras afirmam que o amor de
Deus, lança fora todo o temor, especialmente o medo do juízo: “Nisto é perfeito
o amor para conosco, para que no Dia do Juízo tenhamos confiança” (1 Jo 4.17).
Essa confiança estabelece a segurança da nossa condição como filhos de Deus. O
crente não é mais um escravo ameaçado pelo castigo eterno, mas um filho livre,
amado e aceito em Cristo (Rm 8.15). Isso não significa que o crente não possa
perder a salvação (Ez 18.24; 1 Co 10.12). Mas sim, que o Espírito Santo, habitando
em nós, testemunha a nossa filiação, extinguindo o medo da condenação (Ef
1.13,14). O verdadeiro amor, aperfeiçoado em nós pelo Espírito, remove o medo,
pois “no amor, não há temor; antes, o perfeito amor lança fora o temor” (1 Jo
4.18).
SINÓPSE
II
Confessar
que Jesus é o Filho de Deus é evidência de filiação divina e comunhão com o
Pai.
III – A EXPERIÊNCIA DO
AMOR DO PAI
1. O amor é aperfeiçoado no crente.
O aperfeiçoamento do amor em nós é obra
do Espírito. Guardar a Palavra é o meio pelo qual o amor divino é amadurecido:
“Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele
verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele” (1 Jo 2.5).
Essa obediência prática à Palavra é a evidência externa de um amor interno e
verdadeiro por Deus (Jo 14.21). Não há amor genuíno a Deus, sem compromisso
concreto com a sua vontade revelada (1 Jo 5.3). A cada ato de obediência, mesmo
nas pequenas coisas, o amor de Deus é fortalecido em nós (Lc 16.10). Devemos
viver de maneira que nossa prática aprofunde a realidade do amor em nosso
coração (Tg 1.22). Portanto, refletir Deus no mundo é estar sendo aperfeiçoado
no amor (Mt 22.37-40).
2. O amor é a marca dos filhos de
Deus.
O amor distingue os verdadeiros filhos
de Deus. O mundo conhece a Deus por meio da manifestação de amor dos seus
filhos: “Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em
nós, e em nós é perfeito o seu amor” (1 Jo 4.12). Deus é invisível, mas seu
amor se torna visível à humanidade quando os cristãos vivem em amor mútuo (Jo
13.34,35). Quem ama de fato, revela que conhece a Deus. Logo, o amor torna real
a presença de Deus àqueles que ainda não O conhecem (1 Jo 3.10; 4.8).
3. Fomos amados primeiro.
A essência da vida cristã está
fundamentada no fato de que Deus nos amou: “Nós o amamos porque Ele nos amou
primeiro.” (1 Jo 4.19). Indica que a salvação, a fé e a nossa capacidade de
amar são respostas à iniciativa incondicional do amor divino (1 Jo 4.10). Em
vista disso, fomos amados antes de qualquer mérito, antes de qualquer movimento
pessoal em direção a Deus (Ef 2.4,5). Fomos amados no pior estado possível — em
pecado — e recebidos como filhos em Jesus (Rm 5.8; Ef 1.5). Esta verdade
sinaliza que somente pelo Espírito conseguimos amar a Deus, ao próximo e ao
inimigo (Rm 5.5). Antes da nossa redenção, houve uma cruz sangrenta preparada
por amor (Jo 15.13). Desse modo, espera-se que a postura cristã seja uma
resposta agradecida a esse amor imerecido (2 Co 5.14,15).
SINÓPSE
III
O amor
do Pai é aperfeiçoado no crente, lançando fora o temor e moldando nosso caráter
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O AMOR DE DEUS COMO FONTE
DO AMOR HUMANO
“O amor de Deus é a fonte
de todo o amor humano, e se espalha como o fogo. Ao amar os seus filhos, Deus
acende uma chama em seus corações. Estes, por sua vez, amam os outros, que são
então aquecidos pelo amor de Deus.
É fácil dizer que amamos a
Deus quando tal amor não nos custa nada mais do que nossa participação semanal
nos cultos. Mas o verdadeiro teste do nosso amor a Deus é como tratamos as
pessoas que estão à nossa volta — os membros de nossa família e os nossos
irmãos em Cristo. Não podemos amar verdadeiramente a Deus enquanto
negligenciamos o amor àqueles que foram criados à sua imagem” (Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1788).
CONCLUSÃO
A paternidade de Deus é revelada de
forma plena na ação conjunta da Trindade. O Pai envia o Filho, concede o
Espírito e estabelece conosco uma relação sólida e paterna. Confessamos a
Cristo, amamos porque fomos amados primeiro, e somos conduzidos pelo Espírito a
viver em obediência e comunhão. A nossa identidade como filhos de Deus é
firmada em sua iniciativa soberana e amorosa, garantindo-nos plena confiança
para o dia da eternidade, e ajudando-nos a refletir o amor do Pai ao mundo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que significa a expressão “o Pai
gerou o Filho”?
Significa que o Filho é eternamente gerado pelo Pai, não criado, possuindo a mesma essência divina.
2. O que significa reconhecer a
filiação divina de Cristo?
É reconhecer que Jesus é o Filho de Deus, o único acesso legítimo ao Pai.
3. Qual a relação entre a nossa
filiação a Deus e a preservação da salvação?
O amor do Pai assegura nossa filiação e nos livra do medo da condenação, embora devamos permanecer firmes para não perder a salvação
4. Qual é a evidência externa de um
amor interno e verdadeiro por Deus?
Guardar a Palavra de Deus.
5. De que forma os cristãos tornam
visível à humanidade o amor de Deus?
Vivendo em amor mútuo, tornando visível
o caráter de Deus ao mundo.