Lição 7 - Eu sou a ressurreição e a vida | Lições Bíblicas Dominical - Adultos 2° Trimestre 2025 - CPAD | Revista: E o Verbo se Fez Carne: Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor | Comentarista: Elienai Cabral | Data da aula: 18 de Maio de 2025
TEXTO ÁUREO
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;” (Jo 11.25)
VERDADE PRÁTICA
O Senhor Jesus Cristo é a ressurreição e a vida, e por essa razão, temos a garantia de que um dia teremos um corpo glorioso como o dEle.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 7.11-15
A ressurreição do filho da viúva de Naim
Terça - Mc 5.22,23,35-42
A ressurreição da filha de Jairo, um chefe da Sinagoga
Quarta - Jo 11.40-45
A ressurreição de Lázaro, irmão de Marta e Maria
Quinta - Jo 11.24
Uma evidência bíblica da Ressurreição do Corpo
Sexta - 1 Co 15.42; 1 Ts 4.13-17
Os que morreram em Cristo receberão um corpo glorioso
Sábado - 2 Ts 1.8,9; Ap 20.11-15
Os ímpios receberão um corpo inglório para a condenação eterna
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 11.14, 15, 17-21, 23-27
14 - Então, Jesus disse-lhes claramente:?Lázaro está morto,?
15 - e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis.
17 - Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.?
18 - (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.)?
19 - E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.?
20 - Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.?
21 - Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
23 - Disse-lhe Jesus:?Teu irmão há de ressuscitar.?
24 - Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia.?
25 - Disse-lhe Jesus:?Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;?
26 - e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?
27 - Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.
HINOS SUGERIDOS: 156, 196, 469 da Harpa Cristã
Objetivos da Lição:
I) Identificar o propósito de Jesus no milagre da ressurreição de Lázaro, evidenciando a glória de Deus;
II) Analisar de que forma o diálogo entre Jesus e Marta reforçou e solidificou a fé da irmã de Maria;
III) Apresentar a doutrina bíblica da Ressurreição do Corpo, evidenciando a sua importância para a esperança cristã na vida eterna.
INTRODUÇÃO
O encontro de Jesus com Marta, ao chegar a Betânia, revela aspectos especiais que poderão edificar a nossa vida espiritual por meio do estudo da Palavra de Deus. Nesta lição, iremos refletir sobre o propósito de Jesus ao realizar o milagre da ressurreição de Lázaro. Iremos também nos aprofundar no diálogo entre Jesus e Marta sobre a ressurreição do seu irmão e, além disso, a partir do milagre de Lázaro, vamos examinar a doutrina fundamental da Ressurreição do Corpo, tal como é ensinada por Jesus e todo o Novo Testamento.
PALAVRA-CHAVE: VIDA
I – O PROPÓSITO DE JESUS
1. Recebimento da notícia sobre Lázaro.
Nos Evangelhos, Jesus realizou diversos milagres de ressurreição, incluindo o do filho da viúva de Naim (Lc 7.11-15) e o da filha de Jairo (Mc 5.22,23,35-42). O milagre da ressurreição de Lázaro é o que estamos abordando. Este é o último dos sete sinais (milagres) encontrados no Evangelho de João e representa a manifestação final de Jesus como Filho de Deus antes da sua crucificação. O capítulo 11 liga-se ao contexto do capítulo 10, em que Jesus se afasta de Jerusalém após uma tentativa de prisão e se dirige para além do Jordão (Jo 10.40-42). Ao ser informado sobre a doença de Lázaro, Jesus estava já a leste do Jordão (Jo 10.40) e levaria alguns dias até chegar a Betânia, onde encontrou Lázaro morto há quatro dias (Jo 11.17).
2. O desapontamento de Maria e Marta.
O versículo 3 expressa a esperança de Maria e Marta em relação à chegada de Jesus para ajudá-las. Devido ao carinho e à amizade que nosso Senhor tinha pela família de Betânia, pois Ele os amava, elas desejavam ardentemente que Jesus chegasse rapidamente (Jo 11.5). No entanto, a visita dEle no tempo de Maria e Marta não se concretizou. É fundamental destacar que a vontade soberana de Deus não está sujeita às circunstâncias humanas, por mais difíceis que estas sejam. Contudo, Jesus nunca chega atrasado nem adiantado no cumprimento da vontade do Pai. Ele chegou a Betânia no momento certo, ainda que após o sepultamento de Lázaro.
3. O tempo divino.
Maria e Marta acreditavam que, se Jesus estivesse em Betânia, Ele poderia realizar um milagre na vida de Lázaro. Elas tinham plena consciência de que nosso Senhor é o Filho de Deus. No entanto, o plano do Pai não coincidia com o delas. Apesar da desilusão e da tristeza, Maria e Marta iriam vivenciar uma experiência extraordinária de espera, que envolveria a perda do ente querido, a ausência temporária de Jesus e a chegada aparentemente tardia do Senhor (Jo 11.14,17-22). Contudo, Jesus Cristo estava prestes a realizar um magnífico milagre, que glorificaria a Deus e traria consolo à amada família de Betânia.
SINÓPSE I
O propósito de Jesus no milagre da ressurreição de Lázaro era revelar a glória de Deus e fortalecer fé dos discípulos.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“JESUS AMAVA A MARTA, E A SUA IRMÃ, E A LÁZARO.
Eis uma família que tinha uma devoção genuína e forte a Jesus (v. 2) e gozava um estreito relacionamento pessoal com Ele (Lc 10.38-42). Cristo os considerava amigos muito especiais e amados (vv. 3-5). Ainda assim, eles experimentaram doenças, tristezas e morte. Hoje, esses problemas podem e vão acontecer aos fiéis seguidores de Deus. Mas Ele está ciente da dor deles e estará sempre pronto para ajudá-los nas circunstâncias difíceis da vida (veja o artigo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS, p. 853). As igrejas sempre terão as pessoas exteriormente fervorosas em sua devoção ao Senhor (como Maria), e fiéis em boas obras e serviços (como Marta), mas também terão aqueles que estão sofrendo e morrendo (como Lázaro). Famílias como esta e outras na igreja, podem muitas vezes se perguntar por que Deus não toma uma determinada ação; eles podem até sentir que Ele se esqueceu deles (veja Sl 13.1; cf. Mt 27.46; Ap 6.10). Mas se Jesus parece atrasar sua cura ou alívio, isto não acontece por falta de amor, misericórdia ou compaixão. Em vez disso, Ele está esperando apenas o momento certo que trará a maior honra a Deus (v. 4) e o maior bem eterno para todos os envolvidos (vv. 15,23-26,40-44)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1874).
II – O ENCONTRO DE MARTA COM JESUS
1. O encontro.
O versículo 20 descreve o momento em que Marta se encontra com Jesus. Assim que soube que o Senhor estava na cidade, a irmã de Maria dirigiu-se ao encontro dele. Ao vê-lo, expressou a sua convicção de que, se o Mestre estivesse presente quando Lázaro ainda estava doente, o seu irmão não teria falecido (Jo 11.21). Jesus afirmou que Lázaro iria “ressuscitar” (v.23). Embora Marta acreditasse que Jesus poderia realizar um milagre extraordinário (v.22), ela não percebeu que o Senhor falava sobre a ressurreição de Lázaro naquele momento específico (Jo 11.24). Na realidade, viver entre a promessa do Senhor Jesus e as circunstâncias da vida é um grande desafio para a fé. No entanto, aquEle que é a ressurreição e a vida estava ali diante dela (vv.25,26).
“[...] Jesus Cristo estava prestes a realizar um magnífico milagre, que glorificaria a Deus e traria consolo à amada família de Betânia.”
2. Quando Lázaro ressuscitará?
O diálogo entre Marta e Jesus revela que ela cria na doutrina da ressurreição dos mortos, tal como era ensinada no Judaísmo: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia” (Jo 11.24). Contudo, Jesus não se referia primeiramente ao milagre da Ressurreição do Último Dia, como ela pensava, mas sim à realidade daquele instante presente. Para ilustrar essa verdade, Ele declara: “Eu sou a ressurreição e a vida” (v.25). Enquanto Marta apresentava uma doutrina defendida pelos fariseus, embora correta e verdadeira, nosso Senhor revelou a doutrina da Ressurreição associada à sua própria Pessoa ao trazer Lázaro de volta à vida de maneira concreta (vv.43,44).
3. Promessa de vida.
Na resposta de Jesus à Marta, quando Ele afirma ser a “ressurreição e a vida” (Jo 11.25), encontramos pelo menos duas lições valiosas. Primeiro, a soberania do Filho sobre a morte e a vida; ao se identificar como a “ressurreição”, Ele coloca-se como fonte de toda vida, tanto no plano material quanto espiritual. Segundo, existe uma gloriosa promessa de vida para “quem crê em mim” (v.26). Assim sendo, aqueles que creem em Cristo recebem uma abundância de vida em todos os sentidos — tanto material quanto espiritual — pois uma vida entregue a Cristo é uma vida plena.
SINÓPSE II
O diálogo entre Jesus e Marta fortaleceu sua fé e revelou verdades profundas sobre quem Ele é.
III – A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO DO CORPO
1. A Ressurreição do Corpo.
O milagre da ressurreição física de Lázaro, realizado por Jesus, não foi o único (Jo 11.23,24). Como já observamos, outros milagres semelhantes estão registrados nos Evangelhos. No entanto, ao contrário do que aconteceu com Lázaro, que voltou a morrer, em João 5 o nosso Senhor menciona a Ressurreição do Corpo para os últimos dias, quando os salvos não experimentarão mais a morte (Jo 5.28,29).
A doutrina da Ressurreição do Corpo é um elemento essencial do Cristianismo Bíblico. O apóstolo Paulo refere-se à mesma ressurreição que abrange todos os mortos, justos e injustos, diferenciando os tempos (1 Co 15). Assim sendo, os justos ressuscitarão quando a trombeta tocar durante o Arrebatamento da Igreja; os mortos voltarão à vida e seus corpos serão gloriosamente transformados junto com os justos (1 Co 15.42; 1 Ts 4.13-17); por outro lado, os injustos ressuscitarão no Juízo Final e receberão um corpo inglório destinado à condenação eterna (2 Ts 1.9; Ap 20.11-15).
2. Da morte para a vida.
Na conversa entre Jesus e Marta também se evidenciava a perspectiva da doutrina da Ressurreição do Corpo (Jo 11.26). A expressão “nunca morrerá”, mencionada no versículo 26, indica que embora o salvo em Cristo experimente a morte física, nunca enfrentará a morte espiritual. O nosso Senhor fala de algo que vai além da compreensão humana e distingue entre vida natural e vida eterna. Assim sendo, conforme diz “ainda que esteja morto viverá” (v.25), para o crente a morte não representa um fim sem esperança. Pelo contrário, sob uma ótica bíblica e segundo os ensinamentos de Jesus, a morte é uma transição para a vida eterna, onde a Ressurreição do Corpo marca o início de uma nova realidade e natureza espiritual.
3. Uma viva esperança.
O relato sobre a ressurreição de Lázaro demonstra como Jesus Cristo abordou o tema da morte de entes queridos. Ele sentiu compaixão, chorou e manifestou preocupação porque sabia das dores causadas pela morte (Jo 11.35-39). Contudo, ao declarar sobre Lázaro: “Lázaro, vem para fora” (v.43), nosso Senhor revela aquilo que o Deus Todo-Poderoso realizará na vida de todos aqueles que morreram em Cristo (Jo 14.3). Ao ressuscitar Lázaro, Ele evidencia concretamente que também ressuscitará dentre os mortos aqueles que foram salvos; esta é a nossa viva esperança!
SINÓPSE III
A doutrina bíblica da Ressurreição do Corpo mostra relevância para a esperança da vida eterna na vida do cristão
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“EU SOU A RESSURREIÇÃO
Para as pessoas que têm confiado suas vidas a Jesus, a morte física não é um fim trágico. Ao contrário, é a porta de entrada para a vida eterna com Deus. A palavra “viverá”, no v. 25, se refere à ressurreição que está disponível para todos os seguidores de Cristo. As palavras “nunca morrerá”, no v. 26, significam que apesar de um seguidor de Cristo morrer fisicamente, ele nunca experimentará a morte espiritual (a “segunda morte” Ap 2.11), que envolve o eterno castigo e separação de Deus. Em vez disso, os seguidores de Cristo serão ressuscitados com novos corpos, que serão imortais e incorruptíveis (1Co 15.42,54), que não poderão morrer nem se deteriorar (cf. Rm 8.10; 2Co 4.16; veja o artigo A RESSURREIÇÃO DO CORPO, p. 2114).” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1874).
CONCLUSÃO
Esta lição explorou o diálogo entre Jesus e Marta, onde se manifestaram as dúvidas da irmã de Maria juntamente com as questões referentes à doutrina da Ressurreição do Corpo. O milagre realizado na ressurreição de Lázaro ilustra uma verdade muito mais ampla e profunda: haverá um tempo em que aqueles que morreram em Cristo ressuscitarão e terão seus corpos gloriosamente transformados. Esta doutrina pode ser ilustrada por meio do episódio da ressurreição de Lázaro.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que é que João 11.3 revela?
João 11.3 expressa a esperança de Maria e Marta em relação à chegada de Jesus para ajudá-las.
2. Qual é a primeira lição encontrada na resposta de Jesus a Marta?
Primeiro, é a soberania do Filho sobre a morte e a vida; ao se identificar como a “ressurreição”.
3. Qual é a segunda lição contida na resposta de Jesus a Marta?
Segundo, existe uma gloriosa promessa de vida para “quem crê em mim” (v.26). Assim sendo, aqueles que creem em Cristo recebem uma abundância de vida em todos os sentidos.
4. O que indica a expressão “nunca morrerá”?
A expressão “nunca morrerá”, mencionada no versículo 26, indica que embora o salvo em Cristo experimente a morte física, nunca enfrentará a morte espiritual.
5. Qual é a nossa esperança viva?
Ao ressuscitar Lázaro, Ele evidencia concretamente que também ressuscitará dentre os mortos aqueles que foram salvos; esta é a nossa viva esperança!
📝 PARTE 1 - AUXÍLIO DO PROFESSOR (A) : O diálogo entre Marta e Jesus (João 11:20–27)
O diálogo entre Marta e Jesus, em João 11, é um dos momentos mais teologicamente profundos do Quarto Evangelho. Após a morte de Lázaro, Marta encontra-se com Jesus com o coração angustiado, porém demonstrando fé: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11:21). Ela expressa uma fé imperfeita, porém sincera — reconhece que Jesus tem autoridade, mas ainda não compreende plenamente o escopo de Sua divindade.
Jesus responde com uma revelação de Sua identidade messiânica e escatológica:
“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11:25). Essa afirmação contém uma das declarações "Eu sou" (em grego: egō eimi) que ecoam o nome de Deus revelado no Antigo Testamento (Êx 3:14), mostrando que Jesus não apenas realiza a ressurreição — Ele é a própria fonte da vida eterna.
Marta, ao ouvir tal declaração, responde com uma confissão semelhante à de Pedro:
“Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” (Jo 11:27). Essa confissão revela que Marta crê não apenas na possibilidade do milagre, mas na identidade do Messias, como predito nas Escrituras. Ela une os títulos messiânicos (“Cristo”) e divinos (“Filho de Deus”) de modo que antecipa a plenitude da fé cristã.
Este diálogo, portanto, não é meramente uma conversa de consolo: é um momento de revelação cristológica e de ensino escatológico. Jesus ensina que a ressurreição não está limitada ao fim dos tempos (escatologia futura), mas está encarnada Nele (escatologia realizada). Ele oferece vida verdadeira aqui e agora, para todo aquele que crê.
Assim, vemos que a fé de Marta é amadurecida por meio do encontro com Cristo. A tristeza é transformada em esperança, e a dúvida, em confissão firme. Este texto ensina que, diante da morte e da dor, a resposta do cristão deve ser olhar para Cristo, que é a Ressurreição e a Vida.📝 PARTE 2 - AUXÍLIO DO PROFESSOR (A)
A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO DO CORPO
📖 Base: 1 Coríntios 15 | Atos 24:15 | João 5:28–29
"Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem." (1 Coríntios 15:20)
1. A RESSURREIÇÃO É UM ENSINAMENTO CENTRAL DO EVANGELHO
O apóstolo Paulo, ao escrever aos coríntios, declara de forma enfática que sem a ressurreição corporal, o cristianismo seria vão e sem esperança (1 Co 15:14,17). A ressurreição não é apenas um símbolo espiritual ou uma metáfora de renovação interior. É uma realidade escatológica concreta que culminará na transformação literal do corpo humano, restaurado para a glória eterna ou para o juízo.
Cristo é apresentado como “as primícias dos que dormem” (1 Co 15:20), o que indica que Sua ressurreição é a garantia da nossa. Assim como o primeiro fruto indica a colheita futura, a ressurreição de Jesus é o penhor de que os santos também ressuscitarão com um corpo glorificado (Rm 8:11; Fp 3:20–21).
2. TODOS RESSUSCITARÃO: JUSTOS PARA VIDA, INJUSTOS PARA CONDENAÇÃO
De acordo com Atos 24:15, Paulo testifica diante de Félix que haverá uma ressurreição “tanto dos justos como dos injustos”. Isso está em perfeita harmonia com as palavras do Senhor Jesus:
“Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação.” (João 5:29)
Portanto, a ressurreição é universal no escopo, mas distinta no destino.
Os justos, redimidos em Cristo, ressuscitarão para reinar com Ele, com corpos glorificados e incorruptíveis (1 Co 15:42–44).
Os ímpios, por sua vez, ressuscitarão para o juízo final e eterno, comparecendo diante do trono branco (Ap 20:11–15).
Esse ensino demonstra o caráter justo de Deus: ninguém escapará da prestação de contas final, nem permanecerá eternamente apenas como “alma”. Haverá um julgamento corporal, visível, objetivo.
3. O CORPO RESSUSCITADO SERÁ GLORIFICADO, INCORRUPTÍVEL E ESPIRITUAL
O corpo que será ressuscitado não será idêntico ao corpo atual, mas também não será outro corpo — será o mesmo corpo transformado pela glória de Deus. Paulo afirma que “se semeia corpo natural, ressuscitará corpo espiritual” (1 Co 15:44). Isso não significa um corpo etéreo, mas um corpo capacitado pelo Espírito Santo, livre da corrupção, da dor, da morte e da limitação do pecado.
O modelo dessa transformação é o próprio corpo ressurreto de Cristo, que podia ser tocado (Jo 20:27), alimentar-se (Lc 24:42–43), mas também transcender limitações físicas (Jo 20:19). Essa doutrina enche o cristão de esperança, pois aguarda a redenção completa do ser humano — alma e corpo reunidos para a glória de Deus (Rm 8:23).
✍️ Conclusão pastoral
A doutrina da ressurreição do corpo é um pilar da fé cristã histórica e bíblica. O Evangelho anuncia não apenas a salvação da alma, mas a redenção total do homem, no tempo da consumação. Por isso, “consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4:18), pois a morte não terá a última palavra — Cristo terá!