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1. DEUS QUER HABITAR NO MEIO DOS HOMENS
Já no Antigo Testamento, Deus mandou
levantar o tabernáculo para
habitar com o seu povo (Êx 25.8) e encheu-o com a glória divina (Êx 40.34). Também
o templo foi levantado com a mesma finalidade (1 Rs 6.11-13), e Deus prometeu
que os seus olhos e o seu coração estariam ali para sempre (1 Rs 9.3-5).
No Novo Testamento, Deus prometeu fazer da Igreja a sua morada (Ef 2.21,22; 1 Co 3.16). Jesus afirmou, falando da Igreja: "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mt 18.20; 28.20). Nesta dispensação, Ele se manifesta pelo Espírito Santo (2 Co 3.8; Jo 16.14,15). Por isso importa que a Igreja esteja cheia do Espírito Santo (Ef 5.18; At 2.4).
2. DEUS DESEJA FALAR AOS HOMENS
Assim como Ele falou no tabernáculo (Êx 25.22) e no templo (2
Rs 19.15), quer também falar à sua Igreja. A Bíblia diz: "Quem tem ouvidos
ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Ap 2.7,11). Se Deus, no tempo de
Moisés, falava por meio do fogo (Dt 4.12), quanto mais hoje, quando vivemos na
dispensação do Espírito Santo.
Atualmente Deus faz ouvir a sua voz por meio
do Espírito Santo, que nos fala pela sua Palavra (2 Sm 23.2), vivificando-a (Jo
6.63; 2 Co 3.6). Fala-nos também por meio dos seus ministros (1 Pe 1.12; Hb
2.3,4; 2 Cr 36.15). O Espírito Santo comunica-se conosco também através dos
dons espirituais, dos quais seis transmitem a sabedoria e a mensagem de Deus (1
Co 12.8-11).
Vale a pena fazer algumas observações a respeito do
propósito para o qual a Igreja foi chamada à existência. O propósito do Senhor
não era que a Igreja apenas existisse como finalidade em si mesma, para se
tornar, por exemplo, simplesmente mais uma unidade social formada por membros
de mentalidade semelhante.
Pelo contrário, a Igreja é uma comunidade formada
por Cristo em benefício do mundo. Cristo entregou-se em
favor da Igreja, e então a revestiu com o poder do dom do Espírito Santo a fim
de que ela pudesse cumprir o plano e propósito de Deus. Muitos itens podem ser
incluídos num estudo sobre a missão da Igreja. Este breve estudo só incluirá,
porém, quatro deles: a evangelização, a adoração, a edificação e a
responsabilidade social.
A parte central das últimas instruções de Jesus aos
seus discípulos, antes da sua ascensão, foi a ordem (não uma sugestão) de
evangelizar o mundo e fazer novos discípulos (Mt 28.19; At 1.8). Cristo não abandonou aqueles evangelistas à sua
própria capacidade ou técnica. Ele os comissionou a ir com a sua autoridade (Mt 28.18) e no poder do Espírito Santo (At 1.8).
O Espírito levaria a efeito a convicção do pecado
(Jo 16.8-11); os
discípulos deveriam proclamar o Evangelho. A tarefa da evangelização ainda faz
parte imperativa da missão da Igreja. A Igreja é chamada a ser uma comunidade
evangelizadora. Este mandamento não tem restrições nem fronteiras geográficas,
raciais ou sociais. Erickson declara: "O evangelismo local, a extensão ou
a implantação de igrejas, bem como as missões mundiais, são uma única e a mesma
coisa. A única diferença acha-se na
distância do raio de alcance".
Os crentes atuais não devem esquecer que, embora sejam eles os instrumentos da proclamação do Evangelho, não deixa de ser o Senhor da colheita quem produz o incremento. Os crentes não têm de prestar contas do seu "sucesso" (segundo os padrões do mundo), mas da sua dedicação e fidelidade no serviço.
3. A IGREJA É O LUGAR ONDE
O CRENTE CULTUA A DEUS
a) Sacerdócio real
Conforme o seu propósito, Deus escolheu a Igreja para que fosse o seu sacerdócio nesta nova dispensação (1 Pe 2.9; Ap 1.6). Assim como Deus ordenou, no tempo do Antigo Testamento, que o culto sagrado fosse oficiado pelo sacerdócio levítico (Nm 3.3; Êx 28.3), assim Ele entregou, no Novo Testamento, esse ofício à igreja. O apóstolo Pedro escreveu: "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo" (1 Pe 2.5).
b) Semelhanças entre o antigo e o novo sacerdócio
Existem várias semelhanças entre o sacerdócio da Antiga e o da Nova Aliança (Hb 7.27):
•
Deus ordenou também ao seu sacerdócio nesta dispensação oferecer sacrifícios
espirituais (1 Pe 2.5). É verdade que são sacrifícios diferentes daqueles oferecidos
no Antigo Pacto, que não podiam aperfeiçoar aqueles que os ofereciam (Hb 9.8).
No Novo Pacto, porém, veio Jesus e ofereceu o maior e mais perfeito sacrifício quando, pelo Espírito Eterno, ofereceu-se a si mesmo, imaculado (Hb 9.11-14; 5.1). A nós, os sacerdotes do Novo Pacto cabem oferecer ao Senhor sacrifícios de louvor por tudo quanto Ele fez e continua fazendo por nós (Hb 13.15; 2 Cr 29.31).
• Devemos
também oferecer a Deus os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus, que é o nosso culto racional (Rm 12.1). Foi esse o sacrifício que os
crentes da
Macedónia ofereceram a Deus (2 Co 8.5).
• Assim
como os sacerdotes do Antigo Testamento orientavam os que serviam no santuário
(Nm 3.22), também os ministros da igreja são os encarregados, pelo Senhor, de
executarem os trabalhos pelo aperfeiçoamento dos santos para a obra (Ef 4.12).
• O sacerdócio de Deus no Novo Pacto, que é a igreja, deve tomar parte ativa no culto a Deus. O Senhor espera isso, e todo o crente o pode fazer. Cada c rente deve, portanto: orar a Deus sem cessar (1 Ts 5.17; Rm 12.12; Cl 4.2), usar os dons espirituais na Igreja (1 Co 14.26) e anunciar as virtudes daquEle que nos chamou das trevas para a sua luz (1 Pe 2.9).
c) A Igreja também é chamada a ser uma comunidade que adora
A Igreja também é chamada a ser uma comunidade que adora. A palavra adoração, no inglês antigo, denota a pessoa que recebe honra proporcional à sua dignidade.
A adoração genuína é caracterizada quando a Igreja centraliza a sua atenção no Senhor, e não em si mesma. Quando Deus é adorado exclusivamente, os crentes que assim o adoram são invariavelmente abençoados e espiritualmente fortalecidos. A adoração não precisa ser limitada somente aos cultos regulares do cronograma da igreja. Na realidade, todos os aspectos da nossa vida cristã devem caracterizar-se pelo desejo de exaltar e glorificar ao Senhor. Parece ser esta a razão de Paulo dizer: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Co 10.31).
4. A IGREJA COMO REBANHO
A Igreja como rebanho (At 20.28) é designada
pelo mesmo símbolo que a Bíblia usa no Antigo Testamento para o povo de Deus
(Sl 100.3; 95.7; 74.1; 78.52). O Novo Testamento apresenta a Igreja como o
rebanho de Deus, onde Jesus é o Bom Pastor (Jo 10.11) e o Sumo Pastor do
rebanho (1 Pe 5.4). Jesus mesmo disse: "Apascenta as minhas
ovelhas"! (Jo 21.16). O apóstolo Pedro repetiu a mesma ordem para os
servidores da igreja (1 Pe 5.2). Esse símbolo revela as grandes bênçãos que
Deus proporciona a cada membro da igreja, que é o rebanho de Deus.
• O
rebanho é levado aos campos verdejantes (Sl 23.2), ilustração do ensino da Palavra
de Deus (Mt 4.4). Deus quer proporcionar às suas ovelhas, por meio dos seus
servos, "pastos gordos" (Ez 34.14). Por esse motivo, os ministros
devem conhecer os bons campos (Jr 23.22) para que o rebanho cresça (Gn
30.27-30).
• O
rebanho é também levado às águas tranquilas (Sl 23.2). Isso nos fala da
necessidade que a igreja tem do ensino da Palavra de Deus, para ser levada às
bênçãos entregues pelo Espírito (Jo 7.38,39) e para que lhe sejam comunicadas
as bênçãos de Deus (Rm 1.11,15). Assim, a Palavra de Deus opera fé nos crentes
(Rm 10.17) e eles são enriquecidos pela operação do Espírito Santo (1 Co
1.5-7).
• O
rebanho deve também ser protegido contra os perigos que o ameaçam, tudo que o
inimigo usa para fazer desanimar ou desviar o crente do bom caminho. A Bíblia
fala de doenças e
quebraduras (Ez 34.4,16), de perigos por animais ferozes (1 Sm
17.34-37) etc. É nesse sentido que os ministros da igreja devem deixar-se
gastar para ajudar os que estiverem em má situação espiritual (2 Co 12.15; 1 Jo
3.16). Um bom pastor sempre vai atrás da ovelha perdida (Lc 15.4; Mt 18.12).
• O rebanho deve também ser guiado: "Guia-me pelas veredas da justiça" (Sl 23.3). Aqui se refere às orientações espirituais que Deus, por meio de seus servos, deseja proporcionar aos membros da igreja.