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O Eterno Propósito de Deus a respeito da Igreja

A Bíblia fala do eterno propósito de Deus a res­peito da Igreja (Ef 3.11), assunto que é necessário conhecer. Neste capítulo vamos verificar cinco pro­pósitos distintos que Deus deseja realizar por meio da igreja. Conhecendo esses propósitos e cientes de que Deus, para realizá-los, usa homens salvos como instrumentos, devemos nós também, "com firmeza de coração" (At 11.23), fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que o propósito divino seja al­cançado.


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1. DEUS QUER HABITAR NO MEIO DOS HOMENS

Já no Antigo Testamento, Deus mandou levantar o tabernáculo para habitar com o seu povo (Êx 25.8) e encheu-o com a glória divina (Êx 40.34). Tam­bém o templo foi levantado com a mesma finalidade (1 Rs 6.11-13), e Deus prometeu que os seus olhos e o seu coração estariam ali para sempre (1 Rs 9.3-5).

No Novo Testamento, Deus prometeu fazer da Igreja a sua morada (Ef 2.21,22; 1 Co 3.16). Jesus afir­mou, falando da Igreja: "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mt 18.20; 28.20). Nesta dispensação, Ele se manifesta pelo Espírito Santo (2 Co 3.8; Jo 16.14,15). Por isso importa que a Igreja esteja cheia do Espírito Santo (Ef 5.18; At 2.4).


2. DEUS DESEJA FALAR AOS HOMENS

Assim como Ele falou no tabernáculo (Êx 25.22) e no templo (2 Rs 19.15), quer também falar à sua Igreja. A Bíblia diz: "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Ap 2.7,11). Se Deus, no tempo de Moisés, falava por meio do fogo (Dt 4.12), quanto mais hoje, quando vivemos na dispensação do Espírito Santo.

Atualmente Deus faz ouvir a sua voz por meio do Espírito Santo, que nos fala pela sua Palavra (2 Sm 23.2), vivificando-a (Jo 6.63; 2 Co 3.6). Fala-nos também por meio dos seus ministros (1 Pe 1.12; Hb 2.3,4; 2 Cr 36.15). O Espírito Santo comunica-se conosco tam­bém através dos dons espirituais, dos quais seis transmitem a sabedoria e a mensagem de Deus (1 Co 12.8-11).

Vale a pena fazer algumas observações a respeito do propósi­to para o qual a Igreja foi chamada à existência. O propósito do Senhor não era que a Igreja apenas existisse como finali­dade em si mesma, para se tornar, por exemplo, simplesmen­te mais uma unidade social formada por membros de menta­lidade semelhante.

Pelo contrário, a Igreja é uma comunida­de formada por Cristo em benefício do mundo. Cristo entre­gou-se em favor da Igreja, e então a revestiu com o poder do dom do Espírito Santo a fim de que ela pudesse cumprir o plano e propósito de Deus. Muitos itens podem ser incluídos num estudo sobre a missão da Igreja. Este breve estudo só incluirá, porém, quatro deles: a evangelização, a adoração, a edificação e a responsabilidade social.

 

A parte central das últimas instruções de Jesus aos seus discípulos, antes da sua ascensão, foi a ordem (não uma sugestão) de evangelizar o mundo e fazer novos discípulos (Mt 28.19; At 1.8). Cristo não abandonou aqueles evange­listas à sua própria capacidade ou técnica. Ele os comissionou a ir com a sua autoridade (Mt 28.18) e no poder do Espírito Santo (At 1.8).

 

O Espírito levaria a efeito a convicção do pecado (Jo 16.8-11); os discípulos deveriam proclamar o Evangelho. A tarefa da evangelização ainda faz parte impe­rativa da missão da Igreja. A Igreja é chamada a ser uma comunidade evangelizadora. Este mandamento não tem res­trições nem fronteiras geográficas, raciais ou sociais. Erickson declara: "O evangelismo local, a extensão ou a implantação de igrejas, bem como as missões mundiais, são uma única e a mesma coisa. A única diferença acha-se na distância do raio de alcance".

 

Os crentes atuais não devem esquecer que, embora sejam eles os instrumentos da proclamação do Evan­gelho, não deixa de ser o Senhor da colheita quem produz o incremento. Os crentes não têm de prestar contas do seu "sucesso" (segundo os padrões do mundo), mas da sua dedi­cação e fidelidade no serviço.


3. A IGREJA É O LUGAR ONDE O CRENTE CULTUA A DEUS

a) Sacerdócio real

Conforme o seu propósito, Deus escolheu a Igreja para que fosse o seu sacerdócio nesta nova dispensação (1 Pe 2.9; Ap 1.6). Assim como Deus ordenou, no tempo do Antigo Testamento, que o culto sagrado fos­se oficiado pelo sacerdócio levítico (Nm 3.3; Êx 28.3), assim Ele entregou, no Novo Testamento, esse ofício à igreja. O apóstolo Pedro escreveu: "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdó­cio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agra­dáveis a Deus, por Jesus Cristo" (1 Pe 2.5).

b) Semelhanças entre o antigo e o novo sacerdócio

Existem várias semelhanças entre o sacerdócio da Antiga e o da Nova Aliança (Hb 7.27):

      • Deus ordenou também ao seu sacerdócio nesta dispensação oferecer sacrifícios espirituais (1 Pe 2.5). É verdade que são sacrifícios diferentes daqueles oferecidos no Antigo Pacto, que não podiam aperfeiçoar aqueles que os ofereciam (Hb 9.8).

No Novo Pacto, porém, veio Jesus e ofereceu o maior e mais perfeito sacrifício quando, pelo Espírito Eterno, ofereceu-se a si mesmo, imaculado (Hb 9.11-14; 5.1). A nós, os sacerdotes do Novo Pacto cabem ofe­recer ao Senhor sacrifícios de louvor por tudo quanto Ele fez e continua fazendo por nós (Hb 13.15; 2 Cr 29.31).

  Devemos também oferecer a Deus os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nos­so culto racional (Rm 12.1). Foi esse o sacrifício que os crentes da Macedónia ofereceram a Deus (2 Co 8.5).

 

  Assim como os sacerdotes do Antigo Testamento orientavam os que serviam no santuário (Nm 3.22), também os ministros da igreja são os encarregados, pelo Senhor, de executarem os trabalhos pelo aperfei­çoamento dos santos para a obra (Ef 4.12).

 

  O sacerdócio de Deus no Novo Pacto, que é a igreja, deve tomar parte ativa no culto a Deus. O Se­nhor espera isso, e todo o crente o pode fazer. Cada c rente deve, portanto: orar a Deus sem cessar (1 Ts 5.17; Rm 12.12; Cl 4.2), usar os dons espirituais na Igreja (1 Co 14.26) e anunciar as virtudes daquEle que nos chamou das trevas para a sua luz (1 Pe 2.9).

c) A Igreja também é chamada a ser uma comunidade que adora

A Igreja também é chamada a ser uma comunidade que adora. A palavra adoração, no inglês antigo, denota a pessoa que recebe honra proporcional à sua dignidade.

A adoração genuína é caracterizada quando a Igreja centraliza a sua atenção no Senhor, e não em si mesma. Quando Deus é adorado exclusivamente, os crentes que assim o adoram são invariavelmente abençoados e espiritualmente fortalecidos. A adoração não precisa ser limitada somente aos cultos regulares do cronograma da igreja. Na realidade, todos os aspectos da nossa vida cristã devem caracterizar-se pelo desejo de exaltar e glorificar ao Senhor. Parece ser esta a razão de Paulo dizer: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Co 10.31).

4. A IGREJA COMO REBANHO

A Igreja como rebanho (At 20.28) é designada pelo mesmo símbolo que a Bíblia usa no Antigo Testa­mento para o povo de Deus (Sl 100.3; 95.7; 74.1; 78.52). O Novo Testamento apresenta a Igreja como o rebanho de Deus, onde Jesus é o Bom Pastor (Jo 10.11) e o Sumo Pastor do rebanho (1 Pe 5.4). Je­sus mesmo disse: "Apascenta as minhas ovelhas"! (Jo 21.16). O apóstolo Pedro repetiu a mesma ordem para os servidores da igreja (1 Pe 5.2). Esse símbolo re­vela as grandes bênçãos que Deus proporciona a cada membro da igreja, que é o rebanho de Deus.

  O rebanho é levado aos campos verdejantes (Sl 23.2), ilustração do ensino da Palavra de Deus (Mt 4.4). Deus quer proporcionar às suas ovelhas, por meio dos seus servos, "pastos gordos" (Ez 34.14). Por esse moti­vo, os ministros devem conhecer os bons campos (Jr 23.22) para que o rebanho cresça (Gn 30.27-30).

  O rebanho é também levado às águas tranquilas (Sl 23.2). Isso nos fala da necessidade que a igreja tem do ensino da Palavra de Deus, para ser levada às bênçãos entregues pelo Espírito (Jo 7.38,39) e para que lhe sejam comunicadas as bên­çãos de Deus (Rm 1.11,15). Assim, a Palavra de Deus opera fé nos crentes (Rm 10.17) e eles são enriquecidos pela operação do Espírito Santo (1 Co 1.5-7).

  O rebanho deve também ser protegido contra os perigos que o ameaçam, tudo que o inimigo usa para fazer desanimar ou desviar o crente do bom caminho. A Bíblia fala de doenças e quebraduras (Ez 34.4,16), de perigos por animais ferozes (1 Sm 17.34-37) etc. É nesse sentido que os ministros da igreja devem deixar-se gastar para ajudar os que estiverem em má situação espiritual (2 Co 12.15; 1 Jo 3.16). Um bom pastor sempre vai atrás da ovelha perdida (Lc 15.4; Mt 18.12).

  O rebanho deve também ser guiado: "Guia-me pelas veredas da justiça" (Sl 23.3). Aqui se refere às orientações espirituais que Deus, por meio de seus servos, deseja proporcionar aos membros da igreja.