Texto: Pr. Claudionor de Andrade [1]
Adaptação: Escola Bíblica ECB (www.escolabiblicaecb.com)
Veremos como Deus nos proveu dos atributos necessários
para nos relacionarmos tanto com Ele, o Amoroso Pai, quanto com os nossos
semelhantes, a quem devemos amar e guardar.
Esses atributos dos ser
humano são as qualidades que nos diferenciam dos animais irracionais:
espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade.
1. A
Espiritualidade Humana
O homem é, também, um ser
espiritual. Após formar Adão do pó da terra, o Senhor Deus soprou-lhe nas
narinas o fôlego de vida (Gn 2.7). A partir daquele momento, o homem passou a
ser alma vivente — plenamente cônscio de sua existência e de sua presença no
Universo (Jó 33.4).
O Corpo humano, embora carne,
abriga a alma e o espírito (1 Ts 5.23; Hb 4.12). Sendo proveniente de Deus, o espírito
humano anseia pelo Pai Celeste, conforme Paulo muito bem acentuou aos
atenienses (At 17.21,22). Já o salmista confessou que a sua alma suspirava por
Deus (Sl 42.1).
2. A
Racionalidade Humana
A verdadeira espiritualidade
manifesta-se de maneira racional, porquanto o nosso Deus é um ser racional por
excelência. Ele não é de confusão (1 Co 14.33). Para que o agrademos, o
Espírito Santo nos desenvolve a inteligência espiritual (Cl 1.9).
Se Deus não fosse um ser
racional, nós também não o seríamos, porquanto Ele nos
criou segundo à sua imagem e semelhança. E, nessa semelhança e imagem,
encontra-se, logicamente, o atributo da racionalidade.
O Criador nos dotou, a
fim de administrarmos o universo visível. Não há, pois, incompatibilidade entre
a razão, quando usada corretamente, e a genuína fé em Deus. Embora esta se ache
acima daquela, entre ambas não há qualquer antagonismo. Em sua Epístola aos
Romanos, o apóstolo Paulo demonstra que os gentios, ao atentarem razoavelmente
à criação divina, chegam a uma conclusão mais do que lógica: a existência do
Único e Verdadeiro Deus.
No que tange à lógica, como legítimo
instrumento de pesquisa, Salomão usou-a de forma sistemática bem antes de
Aristóteles e de Francis Bacon (1561-1626). Assim escreveu o mais sábio dos
homens: “Eis o que achei, diz o Pregador, conferindo uma coisa com outra, para
a respeito delas formar o meu juízo [...]. Eis o que tão-somente achei: que
Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias” (Ec 7.27-29, ARA).
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Que Deus é um ser racional, não há dúvida. Todavia, não necessita Ele de operações intelectuais, como a lógica, para descobrir o que é certo e errado, ou o que é verdade e mentira. Ele sabe de todas as coisas; conhece-as absolutamente desde o princípio até o fim; presente, passado e futuro não lhe constituem qualquer mistério. Enfim, Deus não precisa raciocinar para concluir que dois mais dois são quatro, porque não somente as operações matemáticas, como a própria matemática, saiu de seu espírito.
a) O culto racional
agrada a Deus.
“Rogo-vos, pois,
irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm
12.1).
Posto que Deus é um
ser racional, devemos cultuá-lo racionalmente (Rm 12.1). Isso significa, antes
de tudo, que a nossa adoração ao Pai Celeste tem de ser perfeitamente
entendida, explicada e praticada (Êx 12.26; 1 Pe 3.15). Doutra forma, não terá
valor algum (Jo 4.22). Aliás, o culto cristão é o mais racional de todos,
apesar de parecer, para os incrédulos, escândalo e loucura (1 Co 1.18,24).
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3. A
Sociabilidade Humana
Deus nos criou gregários
e sociais; a solidão é contrária à nossa natureza. No período da criação, a
única coisa que Deus afirmou não ser boa foi a solidão (Gn 2.18). Por isso, Ele
fez a mulher para que o homem tivesse uma companhia idônea e sábia (Gn
2.21-25). Somente os que se insurgem contra a verdadeira sabedoria buscam viver
isolada e solitariamente (Pv 18.1).
4. A Liberdade Humana
A liberdade cristã é
um dos maiores institutos que o Senhor Jesus nos confiou mediante a sua morte.
Todavia, temos de usá-la com temor e responsabilidade, para não a mundanizarmos.
Eis o que nos recomenda o apóstolo: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade;
porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns
dos outros, pelo amor” (Gl 5.13).
Deus concedeu-nos o
livre-arbítrio, para que escolhêssemos entre o bem e o mal.
a) O livre-arbítrio.
O livre-arbítrio pode
ser definido como a capacidade humana de tomar livremente uma decisão. Tal
atributo é observado em diversas passagens das Escrituras (Gn 13.9; Js 24.15;
Hb 4.7).
b) O ato de decidir.
Segundo a Bíblia, o
ato de decidir entre o bem e o mal, entre Deus e os ídolos, e entre aceitar
Jesus e recusá-lo é um direito que o Todo-Poderoso nos concedeu (Gn 2.9; 1 Rs
18.21; Mc 15.15,16).
c) A soberania divina.
Já que Deus
concedeu-nos o direito de escolha, ajamos com responsabilidade e discernimento,
porque todos seremos responsabilizados por nossas escolhas (Ec 11.9; Rm 14.12).
Portanto, o livre-arbítrio humano e a soberania divina não são excludentes; são
perfeitamente harmônicos. Entre ambos, conforme disse alguém mui sabiamente,
encontra-se o Senhor Jesus Cristo.
Quando somos dirigidos
pelo Espírito Santo, usamos dessa liberdade com prudência e cuidado, visando não
propriamente nossos interesses, mas a saúde espiritual dos que nos cercam.
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5. A Criatividade Humana e o Trabalho
a) A criatividade
humana.
Os descendentes de
Adão, trabalhando metodicamente, logo descobriram as mais variadas técnicas (Gn
4.2,3,20-22). Rapidamente, evoluíram. Na terceira geração, já dominavam a agricultura,
a pecuária, a metalurgia e a arte musical.
b) A dignificação do
trabalho.
Deus criou o homem
para trabalhar a Terra, ará-la e transformá-la, afim de torná-la habitável (Gn
1.26; 2.15). Por conseguinte, o trabalho não é um castigo devido ao pecado de
Adão, mas uma bênção a todos os seus descendentes. A Queda apenas tornou as atividades
laborais mais árduas e estressantes (Gn 3.17-19).
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