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O Teísmo e as Cosmovisões Contrárias

Existem sete cosmovisões que se destacam, sendo uma diferente da outra. Com uma exceção (Panteísmo/Politeísmo), não é possível crer de maneira consistente em mais de uma delas, pois as premissas básicas de cada uma são opostas entre si. Logicamente, somente uma destas cosmovisões pode ser verdadeira; e as outras precisam necessariamente ser falsas. As sete cosmovisões mais importantes são as seguintes: Teísmo, Ateísmo, Panteísmo, Pan-enteísmo, Deísmo, Deísmo Finito, e Politeísmo.

1. Teísmo: Um Deus Pessoal e Infinito que Existe tanto dentro como além do Universo
O Teísmo é a cosmovisão que preconiza um universo que vai além das coisas que existem.

Existe um Deus infinito e pessoal que vai além do universo que é o seu criador, o seu sustentador, e que pode agir dentro deste universo de maneira sobrenatural. Este Deus está tanto “lá fora” como “aqui dentro”, pois Ele é transcendente e imanente. Esta visão representa a postura tradicional do Judaísmo, do Cristianismo e do Islamismo.

2. Ateísmo: Não Existe Deus algum, nem dentro nem além do Universo
O Ateísmo advoga que somente o universo físico existe; não existe nenhum Deus, em porte alguma. O universo (ou o cosmos) é tudo o que existe e tudo o que existirá, e ele é auto-sustentado. Alguns dos nomes mais famosos do Ateísmo são Karl Marx, Friedrich Nietzsche e Jean-Paul Sartre.
3. Panteísmo: Deus E o Próprio Universo (Ele E Tudo)
Para o panteísta, não existe um Criador além do universo; antes, tanto o Criador quanto a criação são duas maneiras diferentes de perceber a mesma realidade. Deus é o próprio universo (ou Ele está em todas as coisas), e o universo é Deus; existe, em última análise, somente uma realidade. O Panteísmo é representado por certas formas de Hinduísmo, pelo Zen Budismo, pela Ciência Cristã, e pela maioria das religiões derivadas da Nova Era.

Antes de descrever as outras cosmovisões, nos será útil contrastar estas três acima mencionadas: o Panteísmo afirma que Deus é tudo, o Ateísmo alega que não existe Deus algum, e o Teísmo declara que Deus criou tudo. No Panteísmo, tudo é mente. De acordo com o Ateísmo, tudo é matéria. Só o Teísmo afirma que tanto a mente quanto a matéria existem. Na verdade, enquanto o ateu acredita que a matéria produziu a mente, o teísta acredita que a Mente (Deus) produziu a matéria.

4. Pan-en-teísmo: Deus Está no Universo
O Pan-en-teísmo afirma que Deus habita o universo da mesma forma que uma mente habita um corpo; o universo é o “corpo de Deus”. Entretanto, além do universo físico real, existe uma outra pilastra de sustentação para Deus. (Por esta razão, o Panenteísmo é também chamado de Teísmo Bipolar.) Esta outra pilastra é o potencial eterno e infinito de Deus, o qual vai além do universo físico real. E como o Pan-en-teísmo sustenta que Deus está em um processo constante de mudança, ele também é chamado de Teologia do Processo. Este ponto de vista é representado por Alfred North Whitehead, Charles Flartsborne e Schubert Ogden.

5. Deísmo: Deus Está além do Universo, mas não dentro dele
O Deísmo é semelhante ao Teísmo, excluindo-se os milagres. Ele afirma que Deus é transcendente acima do universo, mas não imanente neste mundo, seguramente não de maneira sobrenatural.

Semelhantemente ao Ateísmo, o Deísmo sustenta uma visão naturalista a respeito do funcionamento deste mundo, mas, da mesma forma que o Teísmo, crê que o mundo teve sua origem em um Criador.

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Em suma, Deus criou o mundo, mas Ele não mais se envolve com o mundo criado. O Criador deu cordas na criação, como se faz com um relógio, e desde então o mundo segue o seu curso de maneira independente. Em oposição ao Panteísmo, que nega a transcendência de Deus em favor da sua imanência, o Deísmo nega a imanência de Deus em favor da sua transcendência. O Deísmo é representado por pensadores como François Voltaire, Thomas Jefferson e Thomas Paine.

6. Deísmo Finito: Um Deus Finito Existe tanto além quanto dentro dos Limites do Universo
O Deísmo Finito é semelhante ao Teísmo, salvo o fato de ele sustentar que o deus que transcende o universo e está ativo nele não é um ser infinito, mas limitado na sua natureza e poder. Como o deísta, o deísta finito geralmente concorda que o universo foi criado, mas nega qualquer intervenção milagrosa no seu âmbito.

Um argumento comumente levantado a favor da limitação do poder de Deus é a aparente incapacidade de Deus de impedir o mal. John Stuart Mill, William James e Peter Bertocci são exemplos de aderentes a esta cosmovisão.

7. Politeísmo: Existem muitos Deuses além deste Mundo, como também dentro dele
O Politeísmo é a crença de que existem muitos deuses finitos. O politeísta nega qualquer Deus infinito que transcenda este mundo, da forma como sustenta o Teísmo; no entanto, crê que estes deuses finitos estão ativos neste mundo, em oposição ao Deísmo. Também em contraste com o Deísmo Finito, o politeísta acredita em uma pluralidade de deuses finitos, rendo cada um normalmente o seu próprio domínio de atuação.

A crença de que um deus finito detêm a liderança sobre todos os demais (tal como Júpiter era para os romanos) e uma derivação do Politeísmo chamada de Henoteísmo.

Os principais representantes do Politeísmo são os gregos antigos, os mórmons e os neo-pagãos (tais como os wiccas).

Obviamente, se o Teísmo é verdadeiro, todas as outras seis formas de não-Teísmo são falsas. Deus não pode ser, por exemplo, ao mesmo tempo finito e infinito, pessoal e impessoal, estar além do universo e não estar além do universo, ser imutável e mutável, ou ao mesmo tempo, ter capacidade de fazer milagres e não poder realizá-los.

Conclusão
Evangelicalismo crê que Deus existe além deste mundo ( “mundo”, neste caso, significando “todo o universo criado ”) e que foi Ele que trouxe esse universo à existência. Ela também abarca a crença de que este Deus é um ser eterno, infinito, absolutamente perfeito, e pessoal. O nome dado a esta visão, de que Deus criou tudo que existe, é “Teísmo” (Deus criou tudo), em oposição ao “Ateísmo” (Deus não existe em absoluto) e ao “Panteísmo” (Deus é tudo).

Todas as outras cosmovisões (incluindo o Panteísmo, o Deísmo, o Deísmo Finito, e o Politeísmo) são incompatíveis com o Teísmo. Se o Teísmo é verdadeiro, todos os não-Teísmos são falsos, já que o contrário do verdadeiro é o falso.

Adaptação: Escola Bíblica ECB
Fonte: Teologia Sistemática de Norman Geisler.
Tradutores: Marcelo Gonçalves e Luís Aron de Macedo

Editora: CPAD – 1ed. De 2010