A adoção é o meio pelo
qual nós, convertidos, nos tornamos parte integrante da família de Deus (Gl
3.23-4.7). Vemos em Romanos 8.15 que através da adoção adquirimos o direito de
sermos chamados filhos de Deus e de chamá-lo intimamente de
"paizinho" (Abba) ou simplesmente "papai".
Em Efésios 1.5, lemos que
Deus nos predestinou para Ele através da adoção de filhos, por meio de Jesus
Cristo, "segundo o beneplácito de Sua vontade".
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O Senhor Deus nos torna
parte de Sua família através do Seu amor, o que revela para nós a Sua infinita graça.
Por meio dessa adoção, nos tornamos irmãos de Jesus Cristo, coerdeiros com Ele
e, assim, participantes da vida eterna com Deus. O termo adoção significa
tomar ou aceitar como filho ou filha alguém que não é tal por parentesco
natural.
A palavra grega traduzida por
adoção é huiothesia, termo técnico jurídico, que literalmente significa
"colocação como filho" (Rm 8.15).
O nascimento de Jesus foi
anunciado de forma esplêndida por uma estrela. Concebido no útero de Maria,
Jesus foi adotado por José, que o amou de uma forma maravilhosa.
A atitude de Deus
demonstrada através da adoção prova o Seu amor incondicional pela humanidade.
Deus pagou um preço muito alto para nos tornar Seus filhos, o sacrifício de
Jesus Cristo foi a grande prova de Seu amor. Esse exemplo de Deus tem sido o Norte
para muitos casais cristãos, ao tomarem a decisão de adotarem crianças.
Observando as Escrituras
Sagradas, percebemos que José, ao adotar Jesus, se doou por inteiro ao ofício
de pai. Ele protegeu a Jesus, ensinou a sua profissão, instruiu-o na Palavra de
Deus e também orientou-o acerca do zelo pela Casa de Deus. Não há dúvidas de
que José amava e considerava a Jesus como um dos seus filhos. Os judeus
reconheciam essa paternidade (João 6.42).
O propósito do Senhor é
que toda criança seja gerada, amada, respeitado em um lar digno e que seus pais
sejam um referencial do amor divino. Não existe um lugar melhor que o nosso
lar. O ambiente familiar é o melhor ambiente para a formação do caráter de uma
criança. E na família que somos educados para a vida, mas as circunstâncias da
vida em forma de pecado têm levado muitas famílias a se destruírem.
O adultério, drogas,
bebidas e a influência desse mundo desnorteado distanciado de Deus têm
influenciando no comportamento de muitos casais. Tudo isso tem contribuído para
o surgimento de filhos rejeitados ou abandonados. Portanto, o exemplo de Deus
em nos adotar quando ainda errantes nos encoraja a adotar a muitos que precisam
de amor e de um verdadeiro lar. Um lar que os ajude a conhecer a Deus e assim
viver em comunhão com Ele.
Jesus encontrou na casa de José um verdadeiro lar. Jesus foi amado e honrado como um filho legítimo. A Bíblia aponta que Jesus teve atitude de submissão aos pais, respeitando-os como deve ser. Portanto, adoção é aceitação. Tomamos o exemplo de José e entendemos a adoção como um ato de amor, uma forma de servir a Deus com uma atitude santa digna de ser imitada. Jesus foi acolhido, amado, respeitado e disciplinado na Palavra de Deus. Tudo isso tornou Jesus um menino feliz em seu lar. O ato de adotar nos ensina a agir como Deus age. E uma forma graciosa de transmitirmos o amor de Deus que um dia foi gerado em nossos corações. Essa criança, uma vez adotada e educada de acordo com os padrões divinos, irá transmitir o amor de Deus e também expandir o Seu Reino sobre a face da terra.
A adoção é uma forma de
dar à humanidade uma oportunidade de provar do amor e da misericórdia de Deus
através daquele que se deixa usar por Deus por meio da sua atitude.
É resgatar o outro das
mãos de Satanás. E dar possibilidade a uma criança de ter acesso ao coração do
Pai celestial. Quando adotamos, transmitimos o amor de Deus para o outro.
Assumimos a atitude de canais das bênçãos de Deus para o outro. Adotar é agir
de acordo com o exemplo de Deus e tornar possível um ambiente em que a presença
dEle seja facilmente percebida. E uma forma de superar nossas fragilidades,
romper com preconceitos e nos deixar verdadeiramente sermos usados por Deus.
Adoção é uma atitude verdadeiramente cristã
E uma forma de toma o
amor de Deus percebido por muitos. É uma atitude que alegra o coração de Deus.
Assim como nós fomos adotados por Cristo, também podemos adotar a outros e
amá-los como Cristo tem nos amado.
Que neste novo lar a
criança tenha verdadeiramente o contato com o amor de Deus, compreenda a sua
existência e entenda os planos de Deus como os melhores. Que a adoção se torne
um dos grandes exemplos de vida em nosso meio. O amor é forte, ele pode nascer,
crescer e se desenvolver na família independente de relações de sangue. Vamos
desenvolver essa ideia sem medo ou preconceitos.
Essa é uma decisão que
precisa ser tomada com muita seriedade e cautela por envolver as expectativas
não só de quem está adotando, mas também de quem será adotado. E importante
ponderar que o processo de adoção é bastante delicado. E uma decisão que o
casal deve tomar após um período de oração, pois é necessário que esse desejo
seja gerado em cada um como se fosse uma gravidez. E engravidar desse desejo e
esperar em Deus para que o filho seja "concebido". A adoção não é
como a gravidez que tem um tempo determinado para nós. O tempo de espera da
adoção é determinado por Deus. Todo ser humano deseja ser reconhecido e aceito
em seu meio. Quando rejeitado ou abandonado, isso abre feridas emocionais que
podem atormentá-lo por toda vida. Esse indivíduo pode desenvolver várias
patologias de ordem emocional, sua autoestima tende a enfraquecer-se e sua
identidade torna-se confusa. Uma família que o adote e o eduque de acordo com os
princípios morais que norteiam o cristianismo pode torna-se o mecanismo
libertador das emoções desse indivíduo.
No livro de Êxodo, lemos
a história de uma mulher hebreia chamada Joquebede, que deu à luz em um período
muito difícil para o povo hebreu. Nesse período, o rei (faraó) deu ordem para
que todos os bebes machos dos hebreus fossem mortos como uma forma de evitar o
crescimento e fortalecimento da população hebreia (Êxodo l. 15-22). A criança
foi colocada em um cesto devidamente preparado (betumado) e deixado nas águas
do Rio Nilo. A filha de faraó viu a cesta e apanhou a criança. O menino acabou
sendo adotado pela família real e chamado de Moisés. Ele se tornou um servo
fiel e abençoado de Deus (Êxodo 2.1-10). Entendemos que Deus se utilizou dessa
adoção como uma forma de abençoar a Moisés e seu povo.
Encontramos no Antigo
Testamento a história de uma linda menina chamada Ester, que se tornou órfã
quando ainda era uma criança. Deus, em Sua infinita misericórdia, colocou em
sua vida seu primo Mardoqueu que a adotou e criou como uma filha muito amada.
Ester tornou-se uma rainha e Deus a usou para trazer libertação ao povo hebreu.
Nós também nos tornamos
filhos adotivos de Deus. Antes éramos pecadores que viviam separados de Deus,
éramos miseráveis e errantes espirituais cujas almas estavam condenadas ao
inferno, criaturas iludidas pelo Diabo. Mas Deus, através de Jesus Cristo, nos
resgatou através do Seu sangue, perdoou os nossos pecados e nos registrou no
Livro da Vida como filhos amados.
Um adotado que adotou
Quando eu nasci, minha
mãe tinha apenas 13 anos de idade. O meu pai, ao tomar conhecimento de que
minha mãe estava grávida, não assumiu a paternidade, disse que aquela criança
que estava sendo gerada no ventre de minha mãe era de outra pessoa. Ele
simplesmente fugiu e não assumiu qualquer responsabilidade. Ele era noivo de
outra moça. Para ele, minha mãe era apenas uma aventura. Após aquela conversa,
minha mãe não teve mais contato com ele.
Ela passou a tomar todo
tipo de medicamento abortivo. Os médicos chegaram a dizer que se eu nascesse
seria um milagre, mas que certamente seria aleijado e louco. Foram várias as
tentativas de aborto. Sofri a rejeição desde o ventre de minha mãe, mas foi
nesse momento que Deus me escolheu (Isaías 49.5).
Nasci após um parto muito
complicado. Porém, de forma milagrosa, minha mãe me deu à luz. Nasci sem
sequelas, para honra e glória do meu Deus! Fui adotado pelo mesmo casal que
adotou a minha mãe biológica. Cresci cercado de amor e afeto. Nesse lar, encontrei
um verdadeiro abrigo no coração de meus pais adotivos. Fui verdadeiramente
amado e honrado como um filho. Não faltou carinho, compreensão, proteção e
zelo. O amor foi a base de nossa relação.
Hoje, eu compreendo que
Deus plantou no coração daquele casal o sentimento de adoção. O meu pai só o
conheci quando já tinha 27 anos. Eu já era convertido e não foi difícil
perdoá-lo. Ele, nessa época, já era pastor e me pediu perdão por ter me
abandonado. Nós nos tornamos grandes amigos.
Cheguei a ajudá-lo na
igreja onde ele pastoreava na época. Quanto à minha mãe, ganhamos ela para
Jesus. Também a perdoei e a amei com todas as minhas forças.
Casei com uma esposa
maravilhosa que me ensinou o valor do perdão e a importância de nossa comunhão
com Deus para superar os traumas do passado. Desde cedo, começamos a pensar na
possibilidade de adotar filhos. Deus fez brotar em nossos corações esse amor.
Adotamos alguns filhos. Esses têm sido filhos amados e honrados. O nosso lar
tornou-se mais alegre com a presença deles. Uma dessas filhas já se casou, os
outros continuam conosco. Percebemos que não existe nenhuma diferença entre os
adotados e os biológicos. Vivemos ao lado deles uma experiência de vida
maravilhosa! Provamos também, através deles, o amor de Deus. Todos eles se amam
e se entendem muito bem. Percebemos que com o tempo até fisicamente eles
passaram a se parecer conosco. Somos gratos a Deus por todos eles!
Autor:
Gregg Ferreira
DICAS
DE CURSOS BÍBLICOS