
Visto que são os ateus que se opõem às convicções mais profundas e mais fundamentais da raça humana, a responsabilidade de provar a não-existência de Deus recai sobre eles.
Não podem sincera e logicamente dizer-se ateus enquanto não apresentarem provas irrefutáveis de que de fato Deus não existe. Inegavelmente, a evidência da existência de Deus ultrapassa de muito a evidência contra a sua existência.
Nesta conexão, D.
S. Clarke escreve: Uma pequena prova demonstrará que há Deus, porquanto nenhuma
prova, por maior que seja, pode atestar a sua não-existência.
As pegadas de uma
ave sobre uma rocha junto ao mar provariam que em algum tempo um pássaro
visitou as terras adjacentes ao Atlântico.
Mas antes que se
declarasse que pássaro nenhum jamais estivera por ali, seria necessário
conhecer a história inteira dessa costa desde o começo da vida no globo
terrestre. Um pouco de evidência demonstrará que existe Deus.
Antes
que se diga que não há Deus, devem-se analisar todos os
elementos do universo; devem-se investigar todas as forças mecânicas,
elétricas, biológicas, mentais e espirituais — deve-se ter conhecimento de
todos os seres e compreendê-los completamente; deve-se estar em todos os pontos
do espaço a um só tempo, para que possivelmente Deus não esteja em alguma outra
parte e assim escape à sua atenção. Essa pessoa deve ser onipotente,
onipresente, eterna; de fato, essa mesma pessoa deve ser Deus antes que ela
afirme dogmaticamente que não há Deus. Por muito estranho que pareça, somente
Deus, cuja existência o ateu nega, teria essa capacidade de provar que não há
Deus!
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Outrossim, mesmo a
mais remota possibilidade de que existe um Soberano moral põe sobre o homem
imensa responsabilidade, e a conclusão ateísta é inaceitável enquanto a
inexistência de Deus não for demonstrada de maneira irrefutável.
A
posição contraditória ateísta demonstra-se no
fato de que muitos ateus, ao se encontrarem em perigo ou em dificuldades, têm
orado. Quantas vezes, tempestades e lutas da vida têm varrido seu refúgio
teórico, revelando os alicerces espirituais, e demonstrando comportamento
humano.
Dizemos
"humano" porque aquele que nega a existência de Deus abala e suprime
os instintos e impulsos mais profundos e nobres da alma. Como disse Pascal:
"O ateísmo é uma enfermidade." Quando o homem perde a fé em Deus não
é devido aos argumentos ( não importa a lógica aparente com que se apresente a
sua negação), mas "a algum desastre, traição, ou negligência íntimos ou
algum ácido corrosivo destilado em sua alma que dissolveu a pérola de grande
preço".
O
seguinte incidente, contado por um fidalgo russo, esclarecer este assunto:
Foi em novembro de
1917, quando os bolcheviques venceram o governo de Kerensky e iniciaram um
reinado de terror. O fidalgo estava na casa de sua mãe, tomado de constante medo
de ser preso.
A campainha da porta tocou
e o criado que atendeu trouxe um cartão de visita com o nome do Príncipe
Kropotkin — o próprio pai do anarquismo. Ele entrou e pediu permissão para
examinar o apartamento. Não havia outra coisa a fazer a não ser permitir-lhe
entrar, porque evidentemente estava autorizado a dar busca e até mesmo a
requisitar a casa.
"A minha mãe
permitiu-lhe passar adiante", diz o narrador. "Entrou num quarto e
depois em outro, sem parar, como se tivesse morado ali antes e conhecesse a
ordem dos cômodos. Entrou na sala de jantar; olhou em redor e, de repente,
dirigiu-se ao quarto ocupado por minha mãe.
— Oh! me perdoe — disse minha mãe, quando o
Príncipe ia abrir a. porta — ; é meu quarto de dormir.
Ele parou por um
instante diante da porta, olhou para a minha mãe então, como se estivesse
envergonhado, e com voz trêmula, disse rapidamente:
— Sim, sim, eu sei. Perdoe-me, mas preciso
entrar neste quarto!
Pôs a mão na
maçaneta e lentamente começou a abrir a porta, e então repentinamente fechou-a
atrás de si depois de entrar. "Fiquei tão agitado diante da conduta do
Príncipe que me vi tentado a olhar.
O Príncipe Kropotkin
estava ajoelhado orando ante o oratório no quarto de minha mãe. Eu o vi
ajoelhado fazer o sinal da cruz; não vi seu rosto nem seus olhos, pois o via
por trás. Sua figura ajoelhada e sua oração fervorosa, fizeram-no parecer tão
humilde enquanto sussurrava vagarosamente a reza. Estava tão ocupado que nem
notou a minha presença." "De repente toda a minha ira e meu ódio
contra esse homem tinham-se evaporado, qual cerração ante os raios do sol. Tão
comovido fiquei que cuidadosamente cerrei a porta."O Príncipe Kropotkin
permaneceu no quarto de minha mãe talvez vinte minutos. Finalmente saiu com o
ar dum menino que tivesse cometido uma falta, e nem levantou os olhos, como que
reconhecendo o seu erro. Entretanto, havia um sorriso no seu rosto. Chegou
perto da minha mãe, tomou-lhe a mão, beijou-a e logo disse em voz muito
baixinha: — Agradeço-lhe muito por haver-me permitido esta visita à sua casa.
Não fique nervosa comigo... a Sra. vê, foi neste quarto que morreu a minha mãe.
Foi grande consolação para mim, estar outra vez no seu quarto. Obrigado, muito
obrigado." A sua voz tremia, e seus olhos estavam umedecidos. Logo se despediu
e desapareceu. "Esse homem, apesar de ser anarquista, revolucionário, e
ateu — ainda orou!
Não é evidente que
ele ficou ateu porque esmagou os sentimentos mais profundos de sua alma? O
ateísmo é um crime contra a sociedade, pois destrói o único fundamento da moral
e da justiça — um Deus pessoal que põe sobre o homem a responsabilidade de
guardar as suas leis. Se não há Deus, então não há lei divina, e todas as leis
são do homem. Mas por que se deve proceder legalmente? Por que um homem, ou
grupo de homens o ordenam? É possível que haja pessoas dotadas de relativa
nobreza de espírito, e que essas façam o bem e sejam direitas, sem, contudo,
possuírem crença em Deus, mas para a grande massa da humanidade existe somente
uma sanção para fazer o que é reto e isso é — "Assim diz o Senhor", o
Juiz dos vivos e dos mortos, o poderoso Governador do destino eterno.
Remover isso é
destruir os fundamentos da sociedade humana.
Comenta James M.
Gillis: O ateu é como um ébrio cambaleante que entra num laboratório de
pesquisas e começa a ajuntar certas substâncias químicas que o podem destruir,
bem como a tudo ao seu derredor. Na verdade, o ateu está facilitando com forças
mais misteriosas e mais poderosas que qualquer coisa que existe nos tubos de
ensaios; mais misteriosas do que o muito falado raio da morte. Nem se pode
imaginar qual seria o resultado se um ateu realmente extinguisse a fé em Deus;
toda a trágica história deste planeta não registra um só evento que ilustre tal
cataclismo universal que se verificaria.
O ateísmo é crime contra o
homem.
Ele procura
arrancar do coração do homem o anelo pelas coisas espirituais, sua fome e sede
do infinito. Os ateus protestam contra os crimes que se praticaram em nome da
religião; reconhecemos que a religião tom sido pervertida pelo sacerdotalismo e
eclesiasticismo. Mas procurar apagar a ideia de Deus por ter havido abusos é
tão absurdo quanto tentar arrancar o amor do coração humano porque em alguns
casos esse amor se desvirtuou.
Myer Pearlman